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05/12/2006 - 10h01

Morte de jovem por violência ainda é alto, diz IBGE

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CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio

Apesar de apresentar uma tendência declinante, a incidência de mortes por causas violentas permanece alto no Brasil, revela pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2005, elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Entre 1990 a 2002, a proporção de mortes masculinas relacionados a causas violentas subiu de 14,2% para 16,2%. Em 2005, esse percentual era de 15,5%. Entre as mulheres, as proporções se mantiveram praticamente estáveis ao longo de todo o período, com valores levemente superiores a 4%.

Segundo o estudo, a incidência de mortes violentas continuava sendo mais elevada no Rio de Janeiro, onde a taxa de mortalidade entre jovens do sexo masculino, de 15 a 24 anos, alcançava 227,4 óbitos por 100 mil habitantes.

São Paulo, que em 2004 apresentou uma taxa de mortalidade na mesma faixa etária de 177 óbitos por 100 mil habitantes, reduziu esse valor em 22%, para 138 óbitos por 100 mil habitantes.

Depois do Rio, aparecem Espírito Santo, Pernambuco, Paraná e Mato Grosso do Sul no ranking de Estados com jovens mortos por causas violentas.

A maioria dos Estados teve redução na mortalidade entre os jovens de 15 a 24 anos. As exceções foram Santa Catarina (5%), Paraíba (4,2%), Goiás (2,2%). Os Estados do Pará, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte apresentaram aumentos de cerca de 1% em média.

O Amazonas teve um aumento significativo na mortalidade entre os jovens do sexo masculino nessa faixa etária específica (45%).

Morte de mulheres

A região Sudeste é a única onde se observa tendência de aumento das mortes por causas violentas entre as mulheres. Na região, as mortes passaram de um patamar levemente superior a 4% em 2003 para 5%, em 2005.

No Centro-Oeste, a incidência de mortes do sexo feminino por causas violentas tem sido mais elevada, com valores médios ao redor dos 8% até 1997, chegando a 5,6% em 2005.

No país como um todo, a mortalidade masculina por causas violentas é 3,6 vezes superior à das mulheres. No Sul e Nordeste essa relação sobe para quatro vezes, enquanto nas regiões Sudeste e Centro-Oeste os valores são levemente inferiores à média nacional.

Faixa etária

No país, cerca de 60% das mortes masculinas ocorridas na faixa etária de 15 a 24 anos estavam relacionados às causas violentas em 1990. Em 2002, atingiu uma proporção de 70,2% e declinou para 68,7% em 2005. O fenômeno ocorre em praticamente todas as regiões, à exceção do Sul e Centro Oeste, onde a tendência continua sendo de crescimento. É no Sudeste, porém, que é observada a maior proporção (77,5% em 2005).

A violência nessa faixa etária (15 a 24 anos) começou a atingir de forma intensa também as mulheres. A proporção de óbitos relacionados a essa causa passou, no agregado nacional, de 28,9% em 1990 para 34,0% em 2002 e 2003, mantendo-se estável até 2005 (33,9%), um aumento relativo de 17,0%.

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