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31/08/2002
-
12h18
do Agora São Paulo
De acordo com dados fornecidos pela delegacia Seccional de Guarulhos, pelo 9º DP e 73º DP de Guarulhos, dez mulheres já foram estranguladas pelo maníaco na cidade.
O delegado seccional João Roque Américo, que já investigava seis desses crimes, disse que vai avaliar os outros quatro casos ocorridos na cidade nas mesmas circunstâncias, ou seja, mulheres mortas por estrangulamento, em casa e durante o dia. Segundo Américo, as investigações serão centralizadas na Delegacia de Homicídios de Guarulhos.
Américo citou ontem o caso de uma mulher que teria sido a primeira vítima do maníaco, em 17 de julho de 2001. Trata-se da dona-de-casa Elisângela Nicolau dos Santos, 24 anos, estrangulada com um cinto feminino dentro de sua casa no Jardim Santa Rita. O criminoso roubou uma TV.
Em todos os crimes, após assassinar as vítimas com um pedaço de pano ou roupas, e às vezes estuprá-las, o assassino realiza furtos _o que, segundo a polícia, seria um "souvenir macabro". Ele rouba uma TV, videocassete ou aparelho de som.
"As características dos casos são iguais. Partimos desse princípio. É uma pessoa doente que está praticando esses atos", disse Américo. "É um crime que a pessoa comete sozinha e é difícil de elucidar, pois não há testemunhas. Mas agora ele vai parar de cometer esses crimes, porque vai deixar rastros", completou o delegado.
Outra particularidade no perfil do assassino é abordar as vítimas em suas próprias casas ou na residência onde trabalham. Segundo a polícia, ele se apresenta como funcionário de uma empresa de serviço de água e esgoto ou se oferecendo para comprar um imóvel à venda, e consegue entrar na casa.
Outro caso mencionado pelo delegado ontem ocorreu no último dia 9 de junho. A dona-de-casa Maria Augusta da Silva, 31 anos, foi encontrada morta da sala de sua casa no Jardim Santa Rita. Ela foi estrangulada com uma blusa amarrada no pescoço. Neste caso, no entanto, nada foi roubado da vítima, como ocorreu em outros oito casos.
O 73º DP informou ontem que um outro caso teria ocorrido no último dia 22 de julho. Ivaneide Miranda de Queiroz, 25 anos, foi encontrada morta no chão de seu quarto com os pés e mãos amarradas. Ela foi estrangulada com uma blusa verde _mas nada foi roubado. Esse caso não foi mencionado por Américo.
Na última quarta-feira, o Agora teve acesso aos boletins de ocorrência que tratavam de outros sete assassinatos (leia no quadro) atribuídos ao maníaco. Em todos os casos, as mulheres _entre elas garotas de 6, 10 e 13 anos_ foram estranguladas e da casa em que estavam foi roubado um eletrodoméstico.
"Estrangularam minha filha com uma corda no pescoço. O assassino entrou em casa sem arrombar e, depois que matou minha filha, levou uma TV e um ferro elétrico. Deve ser o mesmo que matou as outras", disse Jésus Nicolau, pai de Elisângela.
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GIBA BERGAMIM JR.do Agora São Paulo
De acordo com dados fornecidos pela delegacia Seccional de Guarulhos, pelo 9º DP e 73º DP de Guarulhos, dez mulheres já foram estranguladas pelo maníaco na cidade.
O delegado seccional João Roque Américo, que já investigava seis desses crimes, disse que vai avaliar os outros quatro casos ocorridos na cidade nas mesmas circunstâncias, ou seja, mulheres mortas por estrangulamento, em casa e durante o dia. Segundo Américo, as investigações serão centralizadas na Delegacia de Homicídios de Guarulhos.
Américo citou ontem o caso de uma mulher que teria sido a primeira vítima do maníaco, em 17 de julho de 2001. Trata-se da dona-de-casa Elisângela Nicolau dos Santos, 24 anos, estrangulada com um cinto feminino dentro de sua casa no Jardim Santa Rita. O criminoso roubou uma TV.
Em todos os crimes, após assassinar as vítimas com um pedaço de pano ou roupas, e às vezes estuprá-las, o assassino realiza furtos _o que, segundo a polícia, seria um "souvenir macabro". Ele rouba uma TV, videocassete ou aparelho de som.
"As características dos casos são iguais. Partimos desse princípio. É uma pessoa doente que está praticando esses atos", disse Américo. "É um crime que a pessoa comete sozinha e é difícil de elucidar, pois não há testemunhas. Mas agora ele vai parar de cometer esses crimes, porque vai deixar rastros", completou o delegado.
Outra particularidade no perfil do assassino é abordar as vítimas em suas próprias casas ou na residência onde trabalham. Segundo a polícia, ele se apresenta como funcionário de uma empresa de serviço de água e esgoto ou se oferecendo para comprar um imóvel à venda, e consegue entrar na casa.
Outro caso mencionado pelo delegado ontem ocorreu no último dia 9 de junho. A dona-de-casa Maria Augusta da Silva, 31 anos, foi encontrada morta da sala de sua casa no Jardim Santa Rita. Ela foi estrangulada com uma blusa amarrada no pescoço. Neste caso, no entanto, nada foi roubado da vítima, como ocorreu em outros oito casos.
O 73º DP informou ontem que um outro caso teria ocorrido no último dia 22 de julho. Ivaneide Miranda de Queiroz, 25 anos, foi encontrada morta no chão de seu quarto com os pés e mãos amarradas. Ela foi estrangulada com uma blusa verde _mas nada foi roubado. Esse caso não foi mencionado por Américo.
Na última quarta-feira, o Agora teve acesso aos boletins de ocorrência que tratavam de outros sete assassinatos (leia no quadro) atribuídos ao maníaco. Em todos os casos, as mulheres _entre elas garotas de 6, 10 e 13 anos_ foram estranguladas e da casa em que estavam foi roubado um eletrodoméstico.
"Estrangularam minha filha com uma corda no pescoço. O assassino entrou em casa sem arrombar e, depois que matou minha filha, levou uma TV e um ferro elétrico. Deve ser o mesmo que matou as outras", disse Jésus Nicolau, pai de Elisângela.
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