Cristina Veiga
Especial para o GD
Coitado do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva! Será que ninguém explicou a ele
que cancelar o visto de um jornalista estrangeiro daria mais
repercussão do que a matéria do "The New
York Times"? Não teve um assessorzinho sequer
para alertar Lula que, com aquela atitude, quem não
tinha lido a matéria agora iria ler? Não tinha
um cristo para avisar o presidente que “expulsar”
jornalista de um país é coisa de regime militar?
Cadê o Itamaraty para orientar
o líder petista? Será que a diplomacia brasileira
já não consegue mais consertar as bobagens feitas
pelos governantes? Por quê só agora, depois que
o mundo inteiro – literalmente – ficou sabendo
que Lula é chegado numa bebidinha, estão tentando
dar um jeito na coisa? Agora é tarde. Qual será
a repercussão caso Lula volte atrás como já
está admitindo? O que os jornais dos outros países
falarão amanhã sobre o presidente brasileiro?
Para piorar as coisas, o Superior
Tribunal de Justiça concedeu salvo-conduto ao jornalista
norte-americano William Larry Rohter Junior, correspondente
do "NYT", para que ele permaneça no Brasil.
E agora? O presidente vai brigar com a Justiça? Ou
será que vai tentar conversar com os ministros do STJ
para ganhar a simpatia deles assim como tentou fazer com os
correspondentes estrangeiros que escrevem sobre o Brasil para
seus países?
Qualquer que seja a “saída”
encontrada, o presidente já perdeu. Agora não
só os norte-americanos sabem que ele gosta de “um
copo de cerveja, uma dose de uísque ou, melhor ainda,
um copinho de cachaça”. Jornais do mundo inteiro
repercutiram e continuarão a repercutir a intempestiva
decisão presidencial. É, senhor presidente,
o tiro acabou saindo pela culatra.
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