ASNEIRAS
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ASNEIRAS E EQUÍVOCOS
Quem entende?

Cristina Veiga
Especial para o GD

“Os meios de pagamento eletrônicos trouxeram uma volatilidade endógena aos agregados monetários”. Entendeu o que está escrito? Não, não é por não ser do ramo. É que é mesmo quase impossível alguém entender os discursos do presidente da Banco Central, Henrique Meirelles. Até quem é da área econômica tem que parar e pensar duas vezes antes de traduzir o que quer dizer o homem forte da fraca economia brasileira.

Agora, vamos ver esta: “Em valores nacionais, somente para referência, em 30 de junho, o Banco Central apresentava uma posição comprada líquida de R$105 bilhões em contratos de swap, pagando a variação cambial mais cupom e recebendo a variação da taxa de depósito interbancário”. Impossível, né? Além de falar de forma rebuscada, o ex-presidente mundial do Bank Boston usa muitas palavras para dizer poucas coisas. Fora que já é dificílimo para o comum dos mortais entender o apelidado “economês”.

Também, não se sabe o que é pior: quando o presidente do BC fala de um jeito complicado ou quando vai direto ao assunto. Já que quando usa uma linguagem menos rebuscada acaba provocando um verdadeiro turbilhão na economia. Foi o que aconteceu quando ele tentou explicar a razão para manter a taxa de juros tão alta. Na ata do Conselho de Política Monetária (Copom) ficou claro que os juros precisavam continuar altos porque havia o risco da volta da inflação.

Ou, se o mesmo fosse dito em “meirellês” talvez ficasse assim: “O dragão da inflação já estava com duas de suas quatro patas nos primeiros degraus da escada que fatalmente levaria o país de volta ao ciclo do aumento contínuo e repetititvo dos preços”.

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