Secretário
da Segurança recorre à vigia particular para
segurança de sua rua
Rodrigo
Zavala
Equipe GD
Para controlar
o clima de insegurança e reduzir os índices
de criminalidade, os moradores do Jardim Lusitânia,
bairro de classe média em São Paulo, contrataram
vigias (104 homens) e montaram guaritas (39 unidades), criando
assim, um completo sistema de vigilância eficiente.
Ou seja,
os moradores recorrem à vigilância privada, já
que percebem a ausência, omissão ou incompetência
do Estado na área de segurança pública.
Entretanto,
é irônico constatar que um dos moradores - que
paga R$60 para um dos vigias do bairro - seja Marco Vinicio
Petrelluzzi, Secretário da Segurança Pública
do Estado de São Paulo, designado pelo governador Mário
Covas para reduzir em 50% os crimes do Estado.
Para Petrelluzzi,
segundo reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, dia 23
de novembro, a necessidade de recorrer à iniciativa
privada para ter a segurança - que deveria ser provida
pelo Estado - é uma realidade mundial. "A indústria
da segurança privada está em inúmeros
locais: em São Paulo, Nova York, Chicago, Paris, onde
for", alega.
Vale lembrar
que na maior parte dos países, os únicos que
recorrem à segurança privada são pessoas
que necessitam de amparo especial, como artistas ou milionários.
Este não
é, definitivamente, o caso do Brasil, que possui mais
"vigias" do que policiais. De acordo com a Polícia
Federal, e seguindo a lógica de Petrelluzzi, existe,
no país, um contingente de 369 mil homens de segurança
privada, contra 350 mil de Policiais Militares.
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