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REFLEXÃO


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sinapse
29/06/2004
A loja-laboratório de Adriana Bozon

Cada vez mais, o diferencial de qualquer empresa é a produção de conhecimento, o que exige investimento em pesquisa e formação de mão-de-obra. Uma experiência está buscando atingir esses objetivos sem aumentar sua folha de pagamentos.

É uma mistura de incubadora, laboratório e loja —é a fórmula que a Ellus está experimentando, sem contratar ninguém, para manter-se próxima das inovações da moda e atrair talentos, objetivos perseguidos por qualquer empresa obrigada a reciclar permanentemente seus produtos e serviços. Comandado pela estilista Adriana Bozon, esse projeto ganhou o nome de 2nd Floor. Isso porque foi instalado no segundo andar da loja da empresa na rua Oscar Freire, em São Paulo.

"A indústria da moda depende da criação permanente. É necessário estar próximo de quem inova", diz Adriana.

O funcionamento da experiência é simples. Adriana é uma espécie de caçadora de talentos, para os quais oferece um estímulo para desenvolver seus produtos e, ao mesmo tempo, visibilidade para vendê-los. Os produtos são oferecidos no segundo andar, aproveitando o fluxo de clientes da Oscar Freire, rua das grifes, que se transformou numa referência nacional. O jovem estilista, portanto, ganha uma vitrine para desenvolver sua marca e fazer carreira solo .

Não é um projeto de benemerência, mas de troca de interesses. Algumas das produções do 2nd Floor são, eventualmente, compradas pela própria empresa —afinal, eles estão lá dentro mesmo. "Do ponto de vista mercadológico, o projeto mostra um esforço de proximidade com o novo."

Neste mês, essa vanguarda ganhou holofotes. Um grupo de estilistas do 2nd Floor mostrou suas criações na São Paulo Fashion Week —como aconteceu com Priscila Darot, cuja estréia eu contei na minha coluna "Urbanidade", em Cotidiano, no último dia 16. "É apenas o começo", afirma Adriana.

Com dois anos, a experiência começa em 2004 a sair de São Paulo: serão abertos mais espaços em lojas das principais capitais brasileiras, para seduzir novos talentos, muitos dos quais precisam vir para as metrópoles se querem aparecer.

Para Adriana, é apenas uma volta no tempo. Quando ainda era estagiária de moda, com 19 anos, sentiu o que significou abrir espaço para aprendizado aos mais jovens.


Coluna originalmente publicada na Folha Online, na editoria Sinapse.

   
 
 
 

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