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Uma
lição contra a idiotice
Uma das
maiores conquistas contra a idiotice educacional brasileira
é o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), realizado,
domingo passado, por mais de um milhão de estudantes
- embora ainda timidamente, o teste ajuda a contrabalançar
o peso do vestibular, uma das mais notáveis contribuições
para idiotizar o aprendizado.
Apesar
de todos os avanços para sofisticar o vestibular, trata-se,
ainda, de um teste que exige pouca reflexão, muito
mais memorização, o decoreba. Neste ano, um
dos assuntos do Enem foi o racionamento de energia elétrica,
abordado sob os mais diferentes ângulos. Esse teste
ajudou a moldar, em larga medida, a estrutura do ensino médio.
Já
o Enem é um teste que exige raciocínio, a arte
de associar informações ancoradas no cotidiano,
o saber deixa de ser dividido em gavetas sem conexão.
Obriga as escolas a investir mais na criatividade e flexibilidade
do conhecimento - algo obrigatório na sociedade da
informação.
O que
se vai perceber, rapidamente, é como as escolas estão
despreparadas para formar alunos críticos, capazes
de se encantar pelo conhecimento - e, assim, se tornarem profissionais
competentes para lidar com a velocidade da produção
de informações.
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