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Salário
mínimo deveria ser 5,4 vezes maior
Mesmo com o
novo salário mínimo oficial, de R$200, o trabalhador
brasileiro não consegue sustentar sua família. Para
se ter uma idéia do tamanho da desvalorização
da renda, em comparação com 1940, ano em que o mínimo
foi instituído, o valor atual representa apenas um terço.
Hoje, é apenas 17,5% do necessário para sustentar
em um mês uma família de quatro pessoas, como determina
a Constituição.
A estimativa
é do Departamento Intersindical de Estatísticas e
Estudos Sócioeconômicos (Dieese), que calculou o mínimo
efetivamente necessário em R$ 1.091,21 - 5,4 vezes maior
que o valor legal. Isso indica que o salário mínimo
praticado no país afastou-se completamente do seu preceito
constitucional. Pelo cálculos do instituto, o mínimo
de 1940 corresponderia hoje a R$ 662. O maior valor desde aquele
período foi o de 1957: R$ 828,36.
O Dieese lembra
que 14,7 milhões de trabalhadores ganhavam, em 1999, até
um salário mínimo. O número correspondia a
24,4% dos ocupados, chegando a 50,1% se a faixa for ampliada para
dois mínimos. A participação entre os ocupados,
dos que em 1999 ganhavam até um mínimo na região
Sudeste, é bem menor - 14,3%. Mas sobe para 47,6% no Nordeste.
Entre os trabalhadores domésticos, 55,5% recebiam até
um mínimo, enquanto entre os empregados com registro em carteira
essa participação era de apenas 7,3%.
Leia
mais:
- Dieese calcula que mínimo deveria ser 5,4
vezes maior
Leia
também:
- Valor da cesta básica aumenta
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Dieese calcula que mínimo
deveria ser 5,4 vezes maior
O novo salário
mínimo oficial, de R$ 200, representa apenas 17,5% do necessário
para sustentar em um mês uma família de quatro pessoas,
como determina a Constituição. A estimativa foi feita
pelo Dieese, que calculou o mínimo efetivamente necessário
em R$ 1.091,21 - 5,4 vezes maior que o valor legal. Segundo a entidade,
em comparação com 1940, ano em que o mínimo
foi instituído, o valor atual representa apenas um terço.
"Isso indica
que o salário mínimo praticado no país afastou-se
completamente do seu preceito constitucional", afirma o Dieese.
Pelo cálculos do instituto, o mínimo de 1940 corresponderia
hoje a R$ 662. O maior valor desde aquele período foi o de
1957: R$ 828,36.
Com base em
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD),
do IBGE, o Dieese lembra que 14,7 milhões de trabalhadores
ganhavam (em 1999) até um salário mínimo. O
número correspondia a 24,4% dos ocupados, chegando a 50,1%
se a faixa for ampliada para dois mínimos.
A participação,
entre os ocupados, dos que em 1999 ganhavam até um mínimo
na região Sudeste é bem menor - 14,3%. Mas sobe para
47,6% no Nordeste. Entre os trabalhadores domésticos, 55,5%
recebiam até um mínimo, enquanto entre os empregados
com registro em carteira, essa participação era de
apenas 7,3%.
Ainda segundo
o estudo do Dieese, enquanto desde 1940 o Produto Interno Bruto
(PIB) por pessoa cresceu cinco vezes, o mínimo foi reduzido
a menos de um terço do valor inicial.
Para o instituto,
o alegado impacto do mínimo nas contas da Previdência
Social poderia ser reduzido com uma política que privilegiasse
o emprego formal, já que quase 60% da População
Economicamente Ativa (PEA) não contribui.
(Diário
de S. Paulo)
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Valor
da cesta básica aumenta
A variação
anual da cesta básica em São Paulo ficou abaixo do
reajuste do salário mínimo, segundo o Dieese. O valor
da cesta em abril foi calculado em R$ 132,22, alta de 1,79% em relação
a março e de 2,11% em 12 meses. Das 16 capitais pesquisadas,
Porto Alegre - onde foi registrada a maior variação,
5,78% - também teve o valor mais alto (R$ 136,09). O menor
foi em João Pessoa (R$ 104,31).
No mês
passado, o custo da cesta subiu em nove das 16 capitais. Na comparação
com o mínimo, só em quatro cidades a variação
da cesta foi maior.
Dos produtos
que compõem a cesta básica, sete tiveram queda na
maioria das capitais e cinco subiram. Em São Paulo, o preço
do arroz, caiu 5,71% e o açúcar, 4,6%. Já o
preço do café subiu 2,13%. O total de horas necessárias
para comprar os itens aumentou entre março deste ano e abril
de 2001.
(Diário
de S. Paulo)
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