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Dia 04.06.02

 

Dispara número de jovens desempregados

Em uma época de retração das ofertas de trabalho, o segmento mais atingido na População Economicamente Ativa (PEA) são os mais jovens. Para se ter uma idéia, só nos primeiros quatro meses de 2002, a média de desemprego aberto entre as pessoas com 15 a 17 anos é de 17,4%. Isso representa um aumento de quatro pontos percentuais ante a média do ano passado, que já se mostrava decrescente. Entre os jovens com 18 a 24 anos, o desemprego subiu dos 12,5%, registrados no primeiro quadrimestre de 2001, para 14,1% da PEA no mesmo período deste ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nos anos de 2000 e 2001, a taxa de desemprego entre a população com 18 a 24 anos havia diminuído de 14% para 12,5% da PEA. No entanto, esse comportamento se deve mais à desistência na procura por um posto de trabalho do que a criação de novos postos. Além de conviver com o alto desemprego, o jovem ainda encontra problema nas relações de trabalho que, normalmente, são precárias. Quase 50% dos ocupados entre 18 e 24 anos trabalham no setor de serviços. Outros 32% dividem-se entre um trabalho na agricultura e na indústria.

Vale lembrar que incapacidade de a sociedade ocupar os jovens vem criando uma grande frustração, que pode levar a uma série de problemas, principalmente à violência. Estudos da Fundação Getúlio Vargas mostram que situações temporárias de desemprego entre jovens podem fazer com que eles optem pelo crime como uma atividade permanente.

Leia mais:
- Procura por vagas aumenta e faz crescer o desemprego entre jovens

 

 
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Procura por vagas aumenta e faz crescer o desemprego entre jovens

Os jovens têm sido os mais atingidos pelo malogrado comportamento do mercado de trabalho, que se mantém este ano. Nos primeiros quatro meses de 2002, a média de desemprego aberto entre as pessoas com 15 a 17 anos é de 17,4% da população economicamente ativa (PEA), o que representa um aumento de quatro pontos percentuais ante a média do ano passado.

Entre os jovens com 18 a 24 anos, o desemprego subiu dos 12,5%, registrados no primeiro quadrimestre de 2001, para 14,1% da PEA no mesmo período deste ano, segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa também cresceu nas demais faixas etárias, mas próximo a um ponto percentual. O desemprego aberto no período ficou em 7,1%.

"A procura de trabalho voltou aos níveis de 2000 para os jovens, após uma queda no ano passado", comenta a coordenadora da PME, Shyrlene Ramos. É comum, lembra ela, que em momento de recuperação da economia os mais jovens tentem ingressar no mercado.

A maior preocupação está entre as pessoas de 18 a 24 anos. Boa parte delas está começando a constituir uma família e já se defronta com o problema do desemprego. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 1999, também do IBGE, 80% dos jovens entre 15 e 18 eram filhos, ou seja, membro secundário no sustento da casa. Ao passar para a faixa etária seguinte, até 24 anos, este percentual cai a 50%, tomando corpo o número de chefes de domicílio e cônjuge que, juntos, respondem por 40% do total.

Entre 2000 e 2001, a taxa de desemprego entre a população com 18 a 24 anos havia diminuído de 14% para 12,5% da PEA. Muito deve comportamento se deve à desistência na procura por um posto de trabalho. Agora, parece que os jovens têm retornado ao mercado, apesar de a economia não ter dado indício concreto de retomada.

"A cada mês um grande número de jovens está entrando no mercado e a economia não está dando conta desta oferta de trabalho", afirma o economista e professor da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Neri, que ressalta que metade dos 7,2 milhões de desempregados no país tem entre 15 e 25 anos.

De janeiro a abril, o nível de ocupação aumentou entre os que tem entre 18 e 24 anos, em 100 mil postos, para 3,1 milhões, mas este crescimento não foi suficiente para absorver o número de desempregados juvenis, que também cresceu em 80 mil no período.

"Mesmo não pujante, o aumento na ocupação sinaliza um rompimento com a estabilização que se manteve por pelo menos o segundo semestre de 2001", observa o economista do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, Lauro Ramos. "Esse grupo é sensível aos altos e baixos do mercado de trabalho, dividindo o tempo entre estudar ou estudar e trabalhar".

A dificuldade em encontrar uma vaga tem desestimulado principalmente os mais jovens, entre 15 e 17 anos, que perdem cada vez mais espaço na PEA. Se no primeiro quadrimestre de 2001 eles somavam 412 mil pessoas, a média deste ano até abril já estava em 388 mil.

"Hoje em dia está se criando uma cultura de resistência a contratar pessoas muito novas, não apenas por haver trabalhadores mais experientes interessados na mesma vaga, mas também por uma importância maior atribuída à escolaridade", cogita Ramos.

Além de conviver com o alto desemprego, o jovem ainda encontra problema nas relações de trabalho que, normalmente, são precárias. Quase 50% dos ocupados entre 18 e 24 anos trabalham no setor de serviços. Outros 32% dividem-se entre um trabalho na agricultura e na indústria.

(Valor Econômico)

 

 
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