|
Só
combinação entre políticas públicas
e privadas salva AL, alerta OIT
O diretor-geral
da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan
Somavia, conclamou, ontem, os países a buscarem diferente
forma de globalização, porque a atual fracassou na
criação de empregos. Atualmente, mais de um bilhão
de pessoas estão desempregadas, subempregadas ou trabalhando
miseravelmente. O quadro social é ainda mais dramático,
quando se considera que serão necessários 500 milhões
de novos empregos, na próxima década, para absorver
a entrada de novas pessoas no mercado de trabalho. Esse montante,
é bom lembrar, não abarca os que já estão
desempregados.
Para isso, a
OIT propõe uma combinação de políticas
públicas e privadas, que pode ajudar a enfrentar o desafio
de criar mais empregos e reduzir as desigualdades. A organização
sugere que os países se concentrem mais no desenvolvimento
dos mercados locais, já que a maior parte dos benefícios
de investimentos externos e comércio internacional ficam
com 15 países em desenvolvimento.
Outro problema
a ser enfrentado é o trabalho informal, nos quais os trabalhadores
não se beneficiam de proteção social, garantias
de segurança e dos correspondentes direitos de representação
ante o Estado. A parcela da população ativa da América
Latina que tem emprego informal já soma 51%, excluindo o
setor agrícola. No Brasil, apenas 40% dos trabalhadores têm
emprego formal, perdendo apenas para a Bolívia, com 37%.
Leia
mais:
- Os países pobres precisam gerar 500 milhões
de empregos
Leia
também:
- Informalidade sobe na AL
- No Brasil, só 40% têm trabalho formal,
diz OIT
|
|
|
Subir
![](../../images/sobe.gif) |
|
Os
países pobres precisam gerar 500 milhões de empregos
O diretor-geral
da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan
Somavia, conclamou, ontem, os países a buscarem diferente
forma de globalização, porque a atual fracassou na
criação de empregos. "É provavelmente
seu maior fracasso", disse Somavia em discurso na assembléia
anual do trabalho, que se realiza em Genebra com a participação
de mais de 150 países.
Atualmente,
mais de um bilhão de pessoas estão desempregadas,
subempregadas ou trabalhando miseravelmente, uma conseqüência
direta, segundo Somavia, da decisão de 120 milhões
de trabalhadores que abandonaram seus países para tentar
melhor emprego em outro lugar. O quadro social é ainda mais
dramático, quando se considera que serão necessários
500 milhões de novos empregos somente nos países em
desenvolvimento, na próxima década, para absorver
a entrada de novas pessoas no mercado de trabalho.
A OIT propõe
uma combinação de políticas públicas
e privadas, que pode ajudar a enfrentar o desafio de criar mais
empregos e reduzir as desigualdades. Somavia sugere que os países
se concentrem mais no desenvolvimento dos mercados locais, já
que a maior parte dos benefícios de investimentos externos
e comércio internacional ficam com 15 países em desenvolvimento.
Recomenda programas
para desenvolver a criatividade e o potencial produtivo das mulheres,
perdidos na economia informal. E a busca de novas formas de proteção
social para milhões de pessoas que hoje fazem a economia
informal. Somavia menciona experiências da África do
Sul e do Brasil com a bolsa-escola. Em seu relato aos países,
o diretor-geral da OIT chamou a atenção para o quadro
degradante na área de saúde e segurança do
trabalho, com mais de 1 milhão de trabalhadores morrendo
por ano no emprego. São mais de 5 mil por dia. "Cada
dia é um 11 de setembro", referência aos ataques
a Nova York. Amanhã, a OIT comemora o Dia de Ação
pela erradicação do trabalho infantil.
(Gazeta Mercantil)
|
|
|
Subir
![](../../images/sobe.gif) |
|
Informalidade
sobe na AL
A parcela da população ativa da América Latina
que tem emprego informal já soma 51%, excluindo o setor agrícola,
segundo relatório divulgado ontem, em Genebra, pela Organização
Internacional do Trabalho (OIT). A entidade calcula que a situação
na América Latina é muito melhor que na Ásia,
onde 65% da população ativa conta com um emprego informal.
A Bolívia
lidera o ranking dos países com maior número de empregos
no setor informal, que chega a 63% da população ativa,
excluindo a área agrícola, e no caso das mulheres
alcança 74%. O Brasil conta com 60% desse tipo de trabalho,
seguido de Honduras, com 58%, El Salvador, com 57%, Guatemala, com
56,5%, e México, com 55% da população ativa.
Com menor proporção figuram a República Dominicana
(48%), Venezuela (47%), Costa Rica (44%) e Chile (36%).
A OIT considera
"trabalho informal" o que se faz para empresas não
declaradas ou registradas legalmente, ou em geral quando os empregados,
apesar de exercerem de forma regular, não se beneficiam de
proteção social, garantias de segurança e dos
correspondentes direitos de representação ante o Estado.
O documento,
examinado atualmente pelos ministros e delegados da OIT reunidos
em Genebra, evidência as diferenças entre países,
assim como entre homens e mulheres. Segundo dados da OIT, que incluem
números de 1994 a 2000, do conjunto de mulheres trabalhadoras
na América Latina, 58% têm emprego informal.
As mulheres
são comparativamente as mais afetadas, sobretudo na Guatemala
e em El Salvador, onde 69% da população ativa feminina
trabalha nesse tipo de atividade, enquanto no Brasil são
67%, Honduras, 65%, México, 55%, República Dominicana,
50%, Costa Rica, 48%, Venezuela, 47%; Colômbia e Chile empatam
com 44%.
O documento
destaca que, em comparação com outras regiões
em desenvolvimento, a dimensão do emprego informal é
inferior no Norte da África onde representa 48% da população
ativa. Nas estatísticas sobre emprego informal nos países
em desenvolvimento, a OIT não inclui as atividades agrícolas,
os trabalhos domésticos ou empresas criminais e outras formas
de trabalho clandestino.
O relatório
mostra também uma série de cálculos em alguns
países em desenvolvimento sobre o peso da economia informal
em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Nesse sentido,
os dados divulgados pela OIT apontam que no Peru a economia informal
alcança 49% do PIB, enquanto na Colômbia representa
25% e no México, 13%.
(Gazeta
Mercantil)
|
|
|
Subir
![](../../images/sobe.gif) |
|
No
país, só 40% têm trabalho formal, diz OIT
Apenas 40% dos
trabalhadores brasileiros têm emprego formal, revela estudo
da OIT (Organização Internacional do Trabalho), divulgado
ontem, em Genebra. Na América Latina, só na Bolívia
há uma participação inferior a essa.
De acordo com
o relatório da OIT, que inclui dados de 1994 a 2000, na América
Latina como um todo, 51% da PEA (população economicamente
ativa) não trabalha com carteira assinada. Mas as estatísticas
foram feitas antes da crise argentina.
Na Bolívia,
essa proporção é de 63%, e no Brasil, de 60%.
A situação é menos grave no Chile, onde 36%
dos trabalhadores não são registrados.
A OIT disse
que, ainda assim, a situação na América Latina
é muito melhor do que a encontrada na Ásia, onde 65%
da PEA não possui emprego formal, ou na África subsaariana,
onde os sem-registro chegam a 72%.
O documento, que está sendo examinado atualmente pelos ministros
e delegados da OIT, aponta grandes contrastes entre os países
da região e também entre homens e mulheres.
Segundo as estatísticas,
58% das trabalhadoras latino-americanas não possuem emprego
formal. Na Bolívia, esse percentual chega a 74%.
O relatório
mostra também uma série de cálculos sobre o
peso da economia informal em relação ao PIB (Produto
Interno Bruto). No Peru, a economia informal apresenta o maior peso
encontrado no continente -49% do PIB. Na sequência está
a Colômbia, com 25%.
(Folha de
S. Paulo)
|
|
|
Subir
![](../../images/sobe.gif) |
|
|
|