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retrato brasileiro
09/08/2004
Jovens trabalham para ajudar família, diz estudo

O perfil da juventude brasileira traz dados preocupantes. Cerca de 39% dos jovens com idades entre 15 e 24 anos não usaram camisinha na última relação sexual, 36% deles já trabalham e 52% têm o hábito de tomar bebida alcoólica com freqüência. Os números fazem parte da pesquisa Perfil da Juventude Brasileira, um estudo realizado pelo Projeto Juventude e pelo Instituto Cidadania em áreas urbanas e rurais de todo o País.

A pesquisa ouviu 3,5 mil jovens, de 15 a 24 anos, de ambos os sexos e todos os segmentos sociais, em 198 municípios brasileiros. Os dados foram colhidos entre novembro e dezembro do ano passado.

A publicação traz informações sobre interesses e preocupações dos jovens, valores, visão da escola e do trabalho, percepção das instituições e das atividades políticas, concepção da cidadania e de direitos humanos. Retrata, ainda, os hábitos de lazer, suas preferências culturais, condição familiar, aspectos da sexualidade, contato com as drogas e testemunho da violência social que os cerca.

Quando o assunto é trabalho, 36% dos jovens ouvidos estão inseridos no mercado, 32% já trabalharam, mas estão desempregados, 24% nunca trabalharam nem procuraram uma ocupação e 8% nunca trabalharam, mas estão procurando emprego. A maioria dos jovens que trabalha, ou seja, 57%, ajuda a família.

"Este é um grande problema entre os jovens. Muitos trabalham para auxiliar a família e deixam a escola em segundo plano", comenta Maria Fátima Olivier Sudbrack, professora do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília (UnB).

Luiz Henrique de Souza, 17 anos, morador de Sobradinho, segue bem esse perfil. Ele é montador de estantes e trabalha desde os 10 anos para ajudar em casa. Mas o rapaz garante que não prejudica seus estudos por causa do emprego. "Faço bico nas horas vagas, por isso a escola não é afetada", assegura.

A pesquisa também constatou que os jovens estão mais conscientes quanto à percepção política. Dos 3.501 entrevistados, 54% consideram a política muito importante, 33% mais ou menos importante e 11% nada importante.

Segundo 53% deles, a democracia é sempre melhor do que qualquer outra forma de governo. Mas quando se fala em deputados e senadores, 64% afirmam não confiar nesses políticos.

As informações são do Jornal de Brasília.

   
 
 
 

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