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Educação
10/08/2004
Novo provão abordará globalização e ética

Globalização, biodiversidade, novos mapas sociais e econômicos, políticas públicas, cidadania, ética e inclusão digital estão entre os temas que serão abordados no primeiro Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes).

Substituto do extinto Provão, o novo exame será aplicado no dia 7 de novembro a uma amostra de alunos do primeiro e do último ano de 2.137 cursos de 13 áreas do ensino superior.

Portarias do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), publicadas ontem no "Diário Oficial" da União, definem que a prova terá dez questões (dissertativas e de múltipla escolha) para avaliar a formação geral do estudante.

Essa é uma das inovações em relação ao extinto Provão. O formato anterior da prova, que vigorou até o ano passado, previa apenas questões específicas sobre a área do aluno.

Agora, o estudante terá de responder também a perguntas ligadas a conhecimentos gerais. Essas questões serão iguais para todas as 13 áreas avaliadas em 2004.

"No componente da avaliação da formação geral será investigada a formação de um profissional ético, competente e comprometido com a sociedade em que vive", diz um dos artigos da legislação.

E continua: "Serão consideradas, entre outras, as habilidades do estudante para analisar, sintetizar, criticar, deduzir, construir hipóteses, estabelecer relações, [...] trabalhar em equipe e administrar conflitos".

Evolução
O Enade também terá outras 30 questões específicas para cada área avaliada. Nesse caso, alunos do primeiro e do último ano da mesma área responderão a perguntas iguais. O objetivo, segundo o Inep, é avaliar o conhecimento agregado pelo curso.

Outra diferença do Enade em relação ao Provão é que, para o novo exame, haverá sorteio dos alunos. O Provão era aplicado a todos os estudantes que estivessem concluindo o curso.

O Inep estima que cerca de 156,5 mil estudantes devem prestar a prova neste ano. Representam 44% dos quase 356,4 mil que ingressaram e estão concluindo os cursos das áreas selecionadas.

Serão considerados estudantes do primeiro ano os que concluírem, até o período de inscrição, entre 7% e 22% da carga horária mínima do currículo.

Os do último ano são aqueles que cursaram pelo menos 80% da carga horária. Para englobar os cursos de curta duração, foram incluídos os alunos com possibilidade de conclusão neste ano.

As listas com os nomes de quem está enquadrado nas regras serão enviadas ao Inep pelas próprias instituições. Os selecionados serão obrigados a prestar a prova, que terá duração de quatro horas.

O Enade custará R$ 12 milhões. Os resultados serão divulgados em uma escala de cinco níveis e devem ficar prontos entre janeiro e fevereiro de 2005.
A nota do Enade e a avaliação das condições do curso serão usadas pelo Ministério da Educação para conceder ou não o reconhecimento de cursos.



LUCIANA CONSTANTINO
da Folha de S.Paulo

   
 
 
 

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