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trabalho
10/08/2004
Lula pede esperança e diz que dá para criar emprego com pouco

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem à noite que os brasileiros devem agradecer a Deus pelas conquistas "e não ficar chorando o que não conquistaram ainda". Em discurso na Fazenda do Menor, em Feira de Santana (108 km de Salvador), o presidente disse também que é possível criar empregos "a custo baixo" e pediu esperança à população.

"Sou filho de uma família pobre, que saiu de Caetés e chegou à Presidência da República", disse.

Acompanhado de cinco ministros além do governador Paulo Souto (PFL-BA), Lula inaugurou mais uma etapa do programa Pintando a Liberdade, que atende crianças que cometeram delitos. Cerca de 12 mil crianças esperavam o presidente.

Segundo os administradores, a Fazenda do Menor vai produzir cerca de 440 mil peças de roupa (camisetas, bermudas, shorts e agasalhos) por ano. O material é destinado ao programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte.

Mais cedo, em São Paulo, no Memorial da América Latina, Lula falou do Haiti, de São Tomé e Príncipe e até do Sudão, em mais uma evocação aos países ricos para que ajudem os mais pobres.

O presidente discursou na abertura da Semana Nacional pela Cidadania e Solidariedade, cujo objetivo é promover conscientização sobre os oito Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio, da ONU, que estabelecem metas para melhorar indicadores sociais.

Para Lula, "o Haiti tem um problema de democracia por conta dos problemas sociais muito sérios [que enfrenta]." Ele avaliou que a queda do presidente Jean-Bertrand Aristide, no começo do ano, deveu-se a questões sociais. Vaticinou: "Vão cair todos os presidentes porque, enquanto não se resolver o problema social, não é possível falar em paz".

Cerca de 1.200 militares brasileiros integram uma missão de paz da ONU no país. A seleção brasileira vai jogar no Haiti dia 18 e o Lula irá acompanhá-la. "Eles adoram o futebol brasileiro; é um gesto que a gente quer fazer para o mundo, [demostrando] que nem tudo precisa de canhão, de metralhadoras ou armas de destruição em massa." "Às vezes, um gesto de carinho vale muito mais do que determinadas guerras". Pediu investimentos dos países ricos no país caribenho.

O presidente lembrou que há alguns dias esteve em São Tomé e Príncipe, na África, "um país que tem 100% de malária e malária está ligada à questão da limpeza, da higiene e, se não fizer saneamento básico naquele país, que tem um potencial turístico excepcional, nunca vai se desenvolver".

Depois, citou que o Sudão enfrenta uma guerra civil, com mais de um milhão de refugiados. "Mas a Inglaterra esteve lá por quase 300 anos. Ninguém assume nada?
Ninguém discute "qual é minha parte nisso?" Ou é a parte dos miseráveis, mesmo, que têm de assumir". Concluiu o discurso afirmando que a sociedade tem de cobrar os governos. "Não tenho o menor direito de ficar nervoso. Tenho o direito de relaxar e falar: "Bom, eu preciso permanecer Lula paz e amor para as coisas darem certo no Brasil".

Em seu programa de rádio quinzenal, veiculado ontem, o presidente Lula disse que o governo federal não quer ser o "dono da verdade".

As informações são da Folha de S.Paulo.

   
 
 
 

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