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brasília
26/03/2004
Centrais fazem protesto contra proposta de reforma sindical

BRASÍLIA. A proposta de reforma sindical fechada no Fórum Nacional do Trabalho foi alvo de protesto ontem em Brasília, organizado pelo Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), que reúne 17 confederações nacionais e seis centrais sindicais. Os manifestantes criticaram o fim do imposto sindical obrigatório e da unicidade sindical (um só sindicato por categoria e base sindical), pontos principais do texto que o governo enviará ao Congresso em abril.

Segundo os organizadores, o protesto reuniu 30 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. Já a Polícia Militar diz que foram cerca de 15 mil.

No texto da reforma fechado por governo, principais centrais sindicais e empregadores, o imposto sindical obrigatório será extinto em seis anos, para entidades patronais; e em três anos, para entidades de trabalhadores. No lugar do imposto, será criada a contribuição negociada, a ser cobrada dos trabalhadores beneficiados em acordo coletivo, que não poderá ultrapassar 13% do salário.

O secretário de Relações do Trabalho do Ministério e presidente do Fórum, Osvaldo Bargas, disse que o protesto foi organizado por entidades que se recusaram a participar dos debates e não querem abrir mão das contribuições assistencial e confederativa.

Participaram do ato a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI), a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) e a Central Autônoma de Trabalhadores (CAT), além da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) e da Central Brasileira de Trabalhadores e Empreendedores (CBTE).

Segundo o presidente da CBTE, José Pereira, o próximo passo será criar a Frente Parlamentar Sindical, que fará oposição à reforma no Congresso.

Frente Parlamentar Sindical
Pereira disse que a CBTE participa, junto com os principais partidos de oposição (PFL, PSDB, e PDT), de uma frente de atuação conjunta:

“Estamos vendo no governo Lula o aumento do desemprego e dos impostos e os ganhos das grandes instituições financeiras, em detrimento do desenvolvimento econômico e social que legitimaria um governo dos trabalhadores”.

Em frente ao Ministério do Trabalho, os sindicalistas gritaram palavras de ordem como “Emprego já para o Brasil se libertar”. No fim do dia, membros do FST estiveram com o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo. Ele admitiu que a reforma é assunto polêmico no governo:

“Há muitas vozes discordantes sobre este assunto”.




GERALDA DOCA
do jornal O Globo

   
 
 
 

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