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infância
29/06/2004
SP tem 157 mil crianças e adolescentes que trabalham em situação de risco

SÃO PAULO - O Estado de São Paulo tem 157 mil crianças e adolescentes trabalhando em atividades de risco, principalmente nas ruas, onde estão expostos ao crime organizado, à prostituição infantil e a drogas. Deste total, 17.250 estão na capital. Franca aparece em segundo lugar, com 3.663 crianças e adolescentes em situação de risco e Guarulhos em terceiro, com 3.442.

No total, são 66.760 crianças e adolescentes que trabalham na capital e o Ministério Público do Trabalho discute propostas que possam ser eficazes para resolver o problema. Na maioria das vezes, as famílias das crianças são desestruturadas e, por isso, o apoio precisa ser integral. Boa parte destas crianças também estudam e ficam na rua no período em que não estão na escola. Elas passam apenas entre 4 e 5 horas por dia dentro da escola e, quando saem, ficam nas ruas.

A procuradora do trabalho Mariza de Moraes afirma que a sociedade precisa ser conscientizada e as pessoasdevem evitar comprar balas ou outros produtos vendidos por crianças e adolescentes nos semáforos das grandes cidades. Para ela, quem compra contribui para que a prática se eternize e não beneficia a criança em nada. Mariza diz que engana-se também quem pensa que, ao trabalhar cedo, a criança ou o adolescente está aprendendo a garantir o futuro.

"O trabalho precoce é prejudicial, pois eles acabam concluindo só o Ensino Fundamental e não se preparam para o mercado de trabalho, que é cada vez mais exigente", diz ela.

A secretária de Assistência Social do estado, Maria Helena Guimarães de Castro, diz que o problema mais grave é mesmo o trabalho nas ruas, onde as crianças ficam expostas ao crime organizado e à prostituição infantil. Para ela, é necessário um conjunto de políticas públicas, como a complementação do horário escolar com atividades programadas de lazer, pois mesmo que estudem as crianças passam a maior parte do dia na rua.

O trabalho infantil foi tema de seminário realizado em São Paulo e os dados foram retirados da Pesquina Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, de 2001.

 

As informações são do Globo Online.

   
 
 
 

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