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Nós, jornalistas, também estamos falhando?

“Depois dessa pesquisa descrita no P.S, fica mais do que constatado que a representação no Congresso e na Câmara está corretíssima. Por isso essas campanhas de voto nulo, votar bem e escolhendo candidatos bons, é pura balela. Todos os Severinos e Mentores voltarão, assim como todos aqueles que pilharam esse país e ainda continuam a fazê-lo. Sem punição? Mais gasto de combustível. O negócio é tão bom que querem aumentar em mais 28 o número de deputados”,
Mauro Marques - mauro.cavalcanti@terra.com.br

“Estou de acordo e acho dramático o quadro. A maneira como os escândalos, que são muitos e graves, é apresentada faz crer que não há por que acreditar na atividade político-partidária, nem em político algum. Talvez seja assim mesmo. Talvez devamos não crer mesmo. Talvez devamos desconfiar de tudo e de todos. Eu mesmo me sinto profundamente desanimado com o que me parece um quadro em que ninguém pensa na coletividade; em que cidadãos de bem não têm recursos nem interesse por uma atividade parlamentar profundamente corroída por interesses particulares. De qualquer maneira, é preciso preservar a idéia de que a democracia é o melhor caminho. Mas, o que é mesmo democracia? (Esse não seria um bom tema a ser focalizado por seus programas: os vários modelos democráticos pelo mundo, as possibilidades de melhoria em nossa democracia?).

Fico pensando que há sérios problemas no modelo democrático do Brasil. Como acreditar que o beneficiário de toda a corrupção, um bom percentual dos membros da Câmara dos Deputados, vá promover mudanças que dificultem sua própria atividade ilícita? Precisaríamos, nós, povo brasileiro, de um mecanismo que nos possibilitasse algo como a dissolução do parlamento, mesmo que num modelo presidencialista como o nosso. Há que se ser criativo e ir aperfeiçoando o modelo, que tem lá suas boas coisas, ainda que não se consiga vê-las, com facilidade.

Há muitas nuances nesse emaranhado em que estamos enrodilhados. Não no curto prazo, parece-me, estarão as soluções; paciência quase rima com demência. A educação de qualidade poderia ser, se conseguida, uma importante alavanca de transformação. Bem, aí meu e-mail enveredou-se por outra trilha (?). Para terminar, você não acha que precisaríamos lutar mais intensamente por escolas públicas em tempo integral? Em que país do mundo desenvolvido as crianças permanecem apenas quatro horas na escola? Não lhe parece que crianças alimentadas, freqüentando a escola durante todo o dia (onde encontrariam a comida que lhes falta em casa) estariam mais distantes da marginalidade?
Daniel Valadares Macedo - poesiad@uai.com.br

”Os tucanos deveriam parar com essa mania de achar que o nosso povo é ignorante. É o mundo tucano que é pequeno e, no momento, apequenado. O mundo tucano está restrito ao ambiente pseudo-republicano da Av. Paulista. A culpa é daqueles que tinham um candidato muito bem nas pesquisas, conhecido pela população e, de repente, põem outro no lugar que não tem a mínima chance de vencer em condições normais. Isso também não é traição? Para mim, isso é total incompetência política associada ao jogo mesquinho das lideranças tucanas paulistas, as quais são conhecidas pela empáfia e vaidade. Por isso, é necessário criar um clima absurdo de insensatez para contaminar a opinião pública e sabotar o futuro de nossa democracia porque o que vale, no curto prazo e a qualquer custo, é derrotar Lula.

Ninguém mede as conseqüências disso. Em tempo de crise, precisamos é de jornalistas sérios e comprometidos com o país acima de tudo. Chega desse “anti –lulismo” desvairado na imprensa. Não é postando-se assim que vamos melhorar o país, estamos armando uma bomba: o retrocesso político. Não vai sobrar ninguém para expiar culpas. Então, por favor, menos desculpas e mais jornalismo isento. Nosso povo merece informação de fato. Ele não é burro. Na dúvida, a maioria do eleitorado fica com Lula porque, além de melhorias pontuais que realmente os mais pobres obtiverem, desconfia do preço alto com que alguns setores da mídia e dos políticos tradicionais (donos dos meios de comunicação no interior do país) querem vender a cabeça de Lula. Esse eleitor sabe qual a diferença entre o curral político do coronel e a mão aberta de Lula. Ora, quem está propondo trazer os coronéis de volta aos cartórios paroquiais do poder? O PSDB. Tanto o município quanto o Estado de São Paulo estão sendo governados por figuras obscuras. Esse é o problema. Os tucanos ressuscitaram a velha Arena. E podem ressuscitar o velho coronel, que sabe fazer o povo votar no candidato "certo". É isso que o “tucanato” quer? o povo inteligente? Não é o que parece.

É isso que queremos! Precisamos dizer que não, o que não significa ser favorável a Lula. Chega desse jogo mesquinho. A imprensa pode ajudar a população se for isenta. É difícil, eu sei. E essa é minha questão: como ficar acima da sordidez do jogo político e ajudar a população a entender melhor a crise e o país? Esse é o papel que espero da imprensa. Hoje, espero em vão”,
Humberto Miranda do Nascimento - humberto.mn@uol.com.br


”Há duas falhas, dos jornalistas e dos pesquisadores de opinião. O brasileiro mente para a pesquisa de opinião, todo mundo lembra do mensalão, mas ninguém quer falar sobre o assunto, as pessoas não querem lembrar.

As pessoas não prestam atenção na política como defesa psíquica, para não ficarem deprimidas e com raiva, então elas negam como forma de defesa. A negação é uma das defesas psíquicas da mente humana”,
Cristina Carvalho Barboza - cristina439@itelefonica.com.br

 
 
 

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