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“Se num exercício de
memória fizermos uma análise retrospectiva do
ensino básico no Brasil, veremos que, há 40
anos, começou um processo sistemático de destruição
da educação no país. A primeira providência,
com o Cel. Jarbas Passarinho no Ministério da Educação
(1968), foi uma reforma que colocou o ensino público
sob forte controle da União, com o pretexto da uniformização.
Em seguida, com o pretexto da democratização,
os alunos foram nivelados por baixo.
Por aqui, foi ainda pior, pela progressão
automática, com o pretexto da preservação
da auto-estima dos alunos. Em paralelo, aconteceu uma progressiva
perda salarial dos professores, com o pretexto da necessidade
de formação superior, mesmo para o ensino básico.
Após umas duas décadas,
estava estabelecido o ciclo vicioso, com o desinteresse das
pessoas em serem professores. A política de se apresentarem
resultados como apenas números escolhidos ajudou a
encobrir o fato de que a educação estava se
degenerando rápido. Hoje, já estamos na terceira
geração deste processo, onde os pais já
não ajudam os filhos em casa com os estudos porque
não sabem, porque já não aprenderam.
Só os suficientemente ricos podem estudar em escolas
particulares e progredir. E, dentre estes, não há
mais pessoas suficientes para se terem professores realmente
bons, para não falar do problema da falta de segurança
que assola as escolas em geral.
Lá por 1962, quando o ensino público ainda tinha
alto nível, no governo parlamentarista de Jango e seu
primeiro-ministro, Santiago Dantas, este disse que, se não
se fizessem logo mais escolas, após trinta anos deveriam
ser construídas mais prisões. Foi profético!
Quando, em 1990, estive fazendo um serviço na Alemanha,
acompanhei com interesse a discussão sobre a educação
dos imigrantes da região do Bósforo e Oriente
Médio, com baixo nível de instrução
e que afluíram àquele país durante anos.
Entendi que, dentre os vários locais de "educação",
a escola é apenas um. Outros são a própria
casa, a vizinhança, o bairro, a cidade; enfim, a "rua",
onde um exemplo ensina mais que mil palavras.
Um dos aspectos da educação
é o ensino oficial. Um dos eventos deste ensino é
a aula tradicional. O leque se abre e, na situação
atual do Brasil, considero ser necessário repensar
a educação de toda a parte não rica da
sociedade, já não mais bastando apenas construir
escolas e pagar professores. Percebo que, no contrário,
o Brasil estará destinado ao segundo mundo, aquele
dos países que servem os do primeiro. Não seria
esse o objetivo do processo de deseducação do
povo, uma parte de uma estratégia maior e que transcende
as nossas fronteiras?”
José Eduardo Valentim
Fassi, São José dos Campos (SP) –
j.fassi@uol.com.br
“Uma aberração!
A cidade mais rica do país propaga aos quatro ventos
que diminui as faltas dos professores devido ao pagamento
da GDE. Qual valor? A segunda "parcela" paga aos
servidores da educação foi uma piada: entre
nada e R$ 72, prefiro aumento real de salário.”
Claudio – clagraca@superig.com.br
“Procede sua queixa, meu caro
articulista. O Brasil já passou até da época
de dar apoio ao desenvolvimento de mentes para alavancar e
portanto melhorar o ranking sobretudo em se comparando aos
países de primeiro mundo.
É bem verdade que para o Brasil
desenvolver em todos os aspectos com objetivos de melhorar
o índice de desenvolvimento principalmente tecnológico
necessário se faz preparar a juventude que desabrocha
para o trabalho e ao mesmo tempo desenvolver preparo para
um trabalho especializado para abrir novos horizontes e sobretudo
criar trabalho e mão de obra especializada.
Nestes últimos dias li um artigo que ao meu ver é
necessário outros ingredientes que sem eles o alimento
fica indigesto são eles: foro privilegiado, imunidade
parlamentar, voto secreto. Urge os órgãos e
pessoas que tenham força suficiente para debelar de
uma vez esses malefícios a sociedade brasileira.
Leio todos os dias na mídia
que os direitos são iguais para todos, ou melhor, as
leis são iguais para todos. Puro sofisma. Temos a corte
maior deste país, o STF, que poderia tentar e efetuar
a judicialização da política. Não
se preocupar com as críticas ou benesses, principalmente
futuras. Devemos olhar o Brasil de uma maneira mais simples,
porem agir num estado de direito. Como está estimula
o brasileiro a perder toda a esperança e credibilidade,
no governo, no senado, na câmara, OAB.
O povo brasileiro tem um viés
voltado para a estrutura do mau, da sofisma.Veja o governo
que estava crente que o número de votos eram suficientes
para prorrogação da CPMF, mas quando foi para
a votação em fechado ele perdeu.Veja que falta
de hombridade
Claro que o Brasil não
dará um salto para o primeiro mundo abolindo o voto
secreto, foro privilegiado, imunidade parlamentar, mas mudará
o cenário onde a confiança da sociedade nos
parlamentares está no fundo do poço.É
necessário um guindaste para içar o tecido podre
que pulula e permeia a esculhambação no país.”
Luiz Carlos –
ponteslc@yahoo.com.br
“Excelente seu comentário
sobre o apagão intelectual. E que a pior falta é
de mentes, não de energia.”
Ricardo Martins –
ralexm@terra.com.br
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