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10/02/2004
Marta gastou R$ 5 mi com anúncio de CEU

A Prefeitura de São Paulo gastou cerca de R$ 5 milhões na propaganda do primeiro CEU (Centro Educacional Unificado), inaugurado em agosto do ano passado. O valor é investigado pelo Ministério Público Estadual. "Essa quantia nos foi passada pela prefeitura e pelo Tribunal de Contas do Município", informa o promotor Wallace Paiva Martins Júnior.

O valor, que não foi confirmado e nem desmentido pela Secretaria Municipal da Comunicação, corresponde a quase 30% do que a prefeitura pagou na construção de cada unidade do CEU.

Na época, a administração publicou anúncios de quatro páginas inteiras em jornais, além de veicular propagandas na televisão e no rádio.

Foram usadas imagens do CEU Jambeiro -inaugurado em 1º de agosto em Guaianazes (zona leste da capital)- e dos outros 20 escolões que estavam em construção. Os anúncios chamavam os CEUs de "o maior programa de educação já feito no país".

Segundo Martins Júnior, a Promotoria da Justiça da Cidadania estuda a "eventual irregularidade" do custo da publicidade. O Ministério Público vai avaliar se o gasto era realmente necessário.

Caso fique comprovada a ilegalidade, os promotores poderão propor uma ação de responsabilidade por improbidade administrativa contra os responsáveis pela veiculação da campanha. Se concluírem que não houve nada de ilegal, o caso será arquivado.

Contas
Levantamento feito pela equipe do vereador Roberto Tripoli (PSDB) mostra que, com o dinheiro gasto com os anúncios, a prefeitura poderia ter construído pelo menos sete creches, de R$ 700 mil cada -beneficiando 1.050 crianças.

Cada CEU tem cerca de 13 mil m2 e atende a 2.400 alunos. Já foram inaugurados 17 escolões, desde agosto. Outros três devem ser inaugurados em março. Apenas um ainda está em construção. Segundo a Secretaria Municipal da Educação, cada unidade abriga duas creches, uma escola de educação infantil e uma de educação fundamental.

Em agosto do ano passado, a prefeitura disse à Folha que não era possível divulgar os gastos com a publicidade porque a campanha de divulgação ainda estava em andamento.

Em relação aos jornais, a prefeitura diz que não pode informar o preço porque isso revelaria as negociações de descontos realizadas com os veículos.


As informações são da Folha de S. Paulo.

 
 
 

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