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12/02/2004
Projeto para reurbanização de favelas irá à Câmara

A Prefeitura de São Paulo vai enviar à Câmara Municipal, até o dia 20, projeto de lei que prevê a criação da Parceria Público Privada. A proposta permitirá que empresas trabalhem na reurbanização das favelas de Heliópolis e Paraisópolis, ambas na Zona Sul, em troca do direito de construir além do permitido pela Lei de Zoneamento.

O projeto de reurbanização das duas maiores favelas da cidade foi anunciado ontem pela prefeita Marta Suplicy. As obras deverão beneficiar 14 mil moradores de Paraisópolis e cerca de 6 mil de Heliópolis. Nesta última, o projeto contará com a participação voluntária do arquiteto Ruy Ohtake.

Pelo projeto do Executivo, os empreendedores que vencerem a licitação para a urbanização receberão certidões, emitidas pela Secretaria Municipal de Habitação, que terão valores em reais. Trata-se de um financiamento alternativo. As certidões (que permitirão a construção além do que prevê pela Lei de Zoneamento) serão válidas para todo a cidade, exceto nas áreas onde há as operações urbanas como a Faria Lima e a Água Espraiada, onde já vigoram títulos sobre o tema.

Marta destacou que será um trabalho de longo prazo. “Não é um projeto para ter resultados daqui a seis meses. A idéia é a de que seja implantado nos próximos cinco anos”, disse.

A área a ser urbanizada em Heliópolis é de 576.083 m² (gleba K). No complexo Paraisópolis, a área a ser urbanizada é de 1.015.000 m².

Em Heliópolis, 320 casas das ruas Mina e Paraíba terão suas fachadas remodeladas a partir de um projeto de Ruy Ohtake. Ele explicou que serão necessários mil galões de tintas e que o trabalho necessita de patrocínio. A expectativa é a de que as obras sejam iniciadas em março e concluídas em maio. Uma das alternativas, segundo moradores, é fazer algo semelhante ao Pelourinho, em Salvador.

Ohtake explicou que dez pintores desempregados de Heliópolis serão preparados para realizar o trabalho. “A cultura, a beleza e a arte poderão fortalecer a identidade e o orgulho da comunidade”, disse Ohtake.


LUCIANA ACKERMANN
do Diário de S. Paulo

 
 
 

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