Show
não é única arma no marketing sindicalista
Cristina
Mori
Equipe GD
O marketing sindical já vai além dos shows de 1 milhão de pessoas
no 1º de Maio. Novas estratégias visam a aumentar a taxa de sindicalização
do Brasil, atualmente em torno de 15,9%, e diminuir o peso da filiação
no bolso do trabalhador.
O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo (Sintracon)
vende equipamentos de proteção com a sua marca. O Sindicato das
Costureiras de São Paulo e Osasco lançou uma cadeira ergonômica
para as filiadas. Os produtos foram desenvolvidos levando em conta
a rotina de trabalho e os fabricantes pagam uma taxa ao sindicato
pela comercialização.
Já o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo abriu sua estrutura
de ambulatório, entretenimento e assistência jurídica e odontológica
a sócios usuários. Por R$ 20 mensais, eles podem frequentar as mesmas
instalações dos sócios da categoria.
Para João Felício, secretário geral da CUT (Central Única dos Trabalhadores),
tais estratégias de marketing conferem um caráter assistencialista
ao sindicalismo e a CUT vem combatendo isso desde o seu início.
"Não somos contra, mas não pode ser a essência", afirma.
"Estamos vendendo o sindicato como se fosse um produto, sem perder
a perspectiva dos direitos do trabalhador", diz André Guimarães,
publicitário da Força Sindical.
(colaborou Miguel Vieliczko)
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