Médico
da rede estadual mantém cinco empregos
Alexandre
Le Voci Sayad
Equipe GD
Após uma média
de dez anos de estudo, um médico recebe R$ 970 mensais na rede pública
do Estado de São Paulo, por uma jornada de 20 horas semanais. O
salário o obriga a trabalhar em mais três ou quatro lugares, segundo
o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado de S. Paulo (Sindsaúde).
Também de acordo com o sindicato, um auxiliar de enfermagem recebe
R$ 434 mensais e tem, pelo menos, mais um emprego.
Na rede municipal ou nos hospitais privados, trabalhando com a mesma
carga horária, os profissionais estariam recebendo R$ 2.200 e R$
900, respectivamente.
Sônia Takeda, presidente do sindicato, explica que os profissionais
da saúde só vão trabalhar para o Estado quando não têm outra alternativa.
"Quando as prefeituras abrem concurso, muitos funcionários deixam
a rede estadual", disse em entrevista exclusiva à Coluna GD.
Além do salário baixo, os médicos trabalham em excesso. De acordo
com o último censo do governo, a rede pública estadual tem capacidade
para empregar 126 mil funcionários, mas só emprega 86 mil. "Há um
déficit de pessoal e os profissionais acabam sobrecarregados de
trabalho", afirmou.
Os funcionários da área de saúde do Estado de São Paulo entraram
em greve nesta quinta-feira por tempo indeterminado, reivindicando
ajuste imediato de 67,8%, piso de três salários mínimos (R$ 453),
extensão da jornada de trabalho do setor administrativo e aumento
do vale-refeição.
(colaborou Miguel Vieliczko)
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