Indústria
paulista ainda engatinha na era da economia digital
Jota Ribeiro
Equipe GD
O presidente
da Oracle, Larry Ellison, em entrevista a revista VEJA, declara
que todos os negócios de sua empresa, inclusive a gerencia
de suas 170 filiais, são feitos pela Internet. Uma pesquisa
Fundação Instituto de Pesquisas Eletrônicas
(FIPE), encomendada pela Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo (FIESP), mostra que o exemplo da Oracle
está longe da realidade paulista.
No universo
de 1.720 empresas (associadas à FIESP) pesquisadas, não
mais que 12% comercializam de pela Internet, apenas 48% mantêm
sites corporativos, 27% não oferece e-mail aos seus funcionários
e 83% utiliza o e-mail apenas para os primeiros contatos com clientes
e fornecedores - finalizando os contratos com métodos tradicionais
- e, 3% não têm nem acesso a Internet.
Microempresas
- Mesmo mal inseridas na economia digital, 72% das micro e 34% das
pequenas empresas gastaram em 2000, em média, a modesta quantia
de cinco mil reais para o ingresso e utilização da
Internet, suficiente para a aquisição de apenas dois
computadores. Enquanto isso a Oracle de Ellison economizou cerca
de um bilhão de dólares em 2000 com emprego exclusivo
da Internet em detrimento do uso do papel.
Para Alexandre
Alvim, diretor de desenvolvimento de negócios na Internet
da Velocom, o fator do investimento é, nesse momento, pouco
importante: "é preciso insistir na conscientização
do uso da Internet enquanto ferramenta de trabalho, e não
somente como veiculo de informação e entretenimento".
Na opinião
de Alvim, embora o exemplo da Oracle fuja da realidade paulista
por estar inserido em um mercado que exige esse grau de informatização
e comprometimento com a Internet, a conexão à rede
mundial de computadores é inevitável. "A migração
das empresas para a Internet é natural, só está
um pouco mais lenta que nos EUA" diz.
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