Redução
no desemprego não significa recuperação econômica
Miguel Vieliczko
Equipe GD
A taxa de desemprego,
de acordo com o IBGE, caiu em junho para 7,4% - uma redução
de 0,4% em relação a maio e ao mesmo período
do ano anterior. No entanto, os otimistas devem se cuidar: para
Jorge Arbache, professor do departamento de economia da Universidade
de Brasília, ainda não é possível afirmar
com segurança que a recuperação seja um reflexo
do reaquecimento da economia.
"É
preciso meses de maturação desse resultado para começar
a fazer esse tipo de afirmação", diz.
De acordo com
o IBGE, de maio para junho, houve também uma redução
de 5,6% no número de pessoas procurando emprego. Para o economista,
isso significa que a queda do desemprego pode ter sido causada pela
desistência da busca por ocupação de uma parcela
de desempregados. A afirmação é reforçada
pelo fato de que, segundo a pesquisa, o número de pessoas
ocupadas não se alterou no período.
"O reaquecimento
da economia pode ter formado uma maior demanda por trabalhadores,
ainda não sentida pela população", afirma.
Uma explicação
para isso, segundo Arbache, é que os empregadores, antes
de começar a contratar, preferem aumentar o número
de horas extras na empresa. "Para ter certeza da recuperação
econômica", explica.
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