Responsabilidade
social idealizada compromete competitividade
Rodrigo Zavala
Equipe GD
As empresas
nacionais que começarem a subsidiar as responsabilidades
do Estado se tornarão menos competitivas em relação
às transnacionais.
A afirmação
é do professor Richard George, da Universidade do Texas (EUA),
que participou do 2.º ISBEE World Congress, realizado nesta
sexta-feira na Fundação Getúlio Vargas (FGV),
em São Paulo.
Em geral, segundo
George, os empresários não definem sua área
de atuação social e idealizam o conceito de responsabilidade.
"As ações sociais são dispendiosas. Por
isso, o investimento na expansão da empresa é menor,
diminuindo sua competitividade", lembrou.
Para ele, o
mais viável é que companhias, principalmente regionais,
atuem em áreas específicas de sua comunidade. "Se
você tem uma madeireira, concentre seus investimentos em reflorestamento.
Se for além disso, os investimentos que parecem pequenos,
a princípio, se tornam uma bola de neve mais tarde",
disse.
O evento contou
também com a participação de Alejandro Manuel
Caviglia, diretor de recursos humanos da Arcor Produtos Alimentícios.
Para ele, não basta agir apenas em áreas específicas.
As empresas devem defender a economia regional, cujo desenvolvimento
promove maior participação das companhias na comunidade.
"Todas
as fábricas da Arcor se localizam em cidades do interior
da Argentina, como também nos países em que a marca
é comercializada. Com isso, conseguimos manter um bom padrão
de vida nessa comunidade", revelou Caviglia.
De acordo com
ele, a Arcor dá atenção especial à remuneração
de seus funcionários. "Hoje, uma empresa não
se pode dar ao luxo de pagar baixos salários. A responsabilidade
deles com a qualidade dos produtos é imensa", concluiu.
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