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08/11/2005
-
10h36
CLARICE SPITZ
da Folha Online
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, cobrou hoje mais investimentos em logística e energia e defendeu que o governo não ultrapasse a meta fiscal prevista para este ano. Ela, no entanto, negou que faça oposição dentro do governo ao ministro Antonio Palocci (Fazenda), principal defensor na Esplanada de uma política econômica mais conservadora.
Segundo Dilma, os investimentos em logística e energia são pilares da economia que devem ser somados à estabilidade econômica. "O país tem que ter uma economia baseada no pilar da estabilidade e da robustez macroeconômica, no pilar da logística e no pilar da energia", afirmou a ministra, que participou hoje de seminário sobre o Proálcool em São Paulo.
Dilma também afirmou que a meta de superávit primário (receitas menos despesas, excluídos os pagamentos de juros) de 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas do país) deve ser cumprida neste ano e no próximo. "A minha posição é a do governo e a posição do governo é a meta que o governo estabeleceu."
Entre janeiro e setembro, o governo já ultrapassou a meta de superávit de todo este ano em R$ 3 bilhões.
"Um governo não é como uma pessoa que quando sobrou dinheiro e que podemos gastar em que quisermos. O governo não pode se dar esse direito. O governo deve gastar em atividades que resultem em benefícios para a economia do país e para o conjunto de sua população."
Ela afirmou que atualmente existe um esforço para antecipar gastos que já eram previstos para 2006. "Temos que gastar em estradas, ferrovias, portos, em tudo que se refere à segurança pública, na ampliação do programa de cisternas. De maneira nenhuma, nós podemos nos dar ao luxo de gastar errado."
No último trimestre, o governo pode acelerar os gastos ou manter a folga e realizar uma economia de recursos para o pagamento de juros acima do previsto. Palocci já se mostrou favorável à segunda opção.
Apontada como um contraponto a Palocci dentro do governo, Dilma disse que a Fazenda também quer o aumento dos investimentos e negou que exista oposição com a Casa Civil.
"A posição da Fazenda e da Casa Civil são complementares até porque hoje a consciência de que esses recursos são para gastar é a mesma na Casa Civil e na Fazenda. A Fazenda também percebe claramente a importância de se gastar e investir em infra-estrutura. Acredito que tem muita agitação e pouca base", disse.
Dilma também afirmou que os gastos em infra-estrutura têm aumentado. Ontem, no entanto, levantamento da Abdib (Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base) informou que o governo gastou apenas 27% dos investimentos previstos para 2005 em infra-estrutura.
Segundo o levantamento, dos R$ 5,76 bilhões autorizados pelo Ministério da Fazenda para o ano, somente R$ 1,55 bilhão foi gasto até novembro.
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da Folha Online
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, cobrou hoje mais investimentos em logística e energia e defendeu que o governo não ultrapasse a meta fiscal prevista para este ano. Ela, no entanto, negou que faça oposição dentro do governo ao ministro Antonio Palocci (Fazenda), principal defensor na Esplanada de uma política econômica mais conservadora.
Segundo Dilma, os investimentos em logística e energia são pilares da economia que devem ser somados à estabilidade econômica. "O país tem que ter uma economia baseada no pilar da estabilidade e da robustez macroeconômica, no pilar da logística e no pilar da energia", afirmou a ministra, que participou hoje de seminário sobre o Proálcool em São Paulo.
Dilma também afirmou que a meta de superávit primário (receitas menos despesas, excluídos os pagamentos de juros) de 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas do país) deve ser cumprida neste ano e no próximo. "A minha posição é a do governo e a posição do governo é a meta que o governo estabeleceu."
Entre janeiro e setembro, o governo já ultrapassou a meta de superávit de todo este ano em R$ 3 bilhões.
"Um governo não é como uma pessoa que quando sobrou dinheiro e que podemos gastar em que quisermos. O governo não pode se dar esse direito. O governo deve gastar em atividades que resultem em benefícios para a economia do país e para o conjunto de sua população."
Ela afirmou que atualmente existe um esforço para antecipar gastos que já eram previstos para 2006. "Temos que gastar em estradas, ferrovias, portos, em tudo que se refere à segurança pública, na ampliação do programa de cisternas. De maneira nenhuma, nós podemos nos dar ao luxo de gastar errado."
No último trimestre, o governo pode acelerar os gastos ou manter a folga e realizar uma economia de recursos para o pagamento de juros acima do previsto. Palocci já se mostrou favorável à segunda opção.
Apontada como um contraponto a Palocci dentro do governo, Dilma disse que a Fazenda também quer o aumento dos investimentos e negou que exista oposição com a Casa Civil.
"A posição da Fazenda e da Casa Civil são complementares até porque hoje a consciência de que esses recursos são para gastar é a mesma na Casa Civil e na Fazenda. A Fazenda também percebe claramente a importância de se gastar e investir em infra-estrutura. Acredito que tem muita agitação e pouca base", disse.
Dilma também afirmou que os gastos em infra-estrutura têm aumentado. Ontem, no entanto, levantamento da Abdib (Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base) informou que o governo gastou apenas 27% dos investimentos previstos para 2005 em infra-estrutura.
Segundo o levantamento, dos R$ 5,76 bilhões autorizados pelo Ministério da Fazenda para o ano, somente R$ 1,55 bilhão foi gasto até novembro.
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