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04/04/2006
-
12h25
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
A Venezuela pode adquirir aviões de combate da Rússia depois que o governo dos EUA vetou uma venda de aviões do modelo Super Tucano, da Embraer, disse o presidente do país, Hugo Chávez, que recebeu ontem os primeiros helicópteros comprados da Rússia.
"Estamos prontos para comprar jatos russos e tê-los aqui para defender os céus", disse Chávez, que afirmou que, na tentativa de minar o potencial militar venezuelano, os EUA suspenderam a venda de peças para os aviões F-16 das forças aéreas venezuelanas. "A Rússia respondeu com toda a seriedade às nossas propostas sobre essa questão e estamos prontos a comprar aviões do país."
O presidente venezuelano lembrou que o governo tinha planos para comprar os Super Tucanos da Embraer, mas a operação foi vetada pelo governo dos EUA, que se opôs à transferência da tecnologia americana utilizada em componentes dos aviões ao Exército venezuelano.
"Queríamos comprar alguns aviões brasileiros para treinamento de nossos pilotos (...) Os EUA interromperam a operação", disse. "É uma pena para o Brasil, porque era um bom negócio", afirmou Chávez.
Helicópteros
A Venezuela recebeu ontem as primeiras três unidades dos helicópteros do modelo Mi-17V-5 que adquiriu da Rússia. A cerimônia de entrega ocorreu na base militar de San Felipe (350km a sudoeste de Caracas, capital do país) nesta segunda-feira (3). O governo venezuelano encomendou em março do ano passado 33 helicópteros dos modelos Mi-17V-5, Mi-35M e Mi-26T, segundo a agência de notícias russa Itar-Tass.
O modelo Mi-26T foi chamado por Chávez de "fortaleza voadora". Ele afirmou que a Venezuela será o primeiro país do mundo a receber esse modelo de helicóptero. O Mi-26T tem capacidade para transportar, além da tripulação de cinco pessoas, até 80 soldados com equipamento completo, ou em situações de transporte de feridos, de até 60 pessoas em macas e mais quatro ou cinco médicos
Sem justificativa
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou em janeiro deste ano que as restrições norte-americanas à venda de aviões pela Embraer à Venezuela "não se justificam". O negócio, que envolveria a venda de 36 aviões Super Tucanos, estava estimado em US$ 500 milhões. A Colômbia comprou 25 Super Tucanos semelhantes aos que seriam vendidos à Venezuela.
Chávez já enfrentou outros problemas, criados pelo governo americano, para comprar equipamentos militares. Em em novembro do ano passado, ele denunciou os EUA por tentarem bloquear uma venda da Espanha à Venezuela de 12 aviões de transporte militar e oito barcos de patrulha, calculada em cerca de US$ 2 bilhões. A Espanha ignorou a oposição americana e oficializou a negociação.
Com agências internacionais
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Venezuela pode comprar aviões russos em lugar de Super Tucanos
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A Venezuela pode adquirir aviões de combate da Rússia depois que o governo dos EUA vetou uma venda de aviões do modelo Super Tucano, da Embraer, disse o presidente do país, Hugo Chávez, que recebeu ontem os primeiros helicópteros comprados da Rússia.
"Estamos prontos para comprar jatos russos e tê-los aqui para defender os céus", disse Chávez, que afirmou que, na tentativa de minar o potencial militar venezuelano, os EUA suspenderam a venda de peças para os aviões F-16 das forças aéreas venezuelanas. "A Rússia respondeu com toda a seriedade às nossas propostas sobre essa questão e estamos prontos a comprar aviões do país."
Divulgação |
O avião Super Tucano, da Embraer |
"Queríamos comprar alguns aviões brasileiros para treinamento de nossos pilotos (...) Os EUA interromperam a operação", disse. "É uma pena para o Brasil, porque era um bom negócio", afirmou Chávez.
Helicópteros
Divulgação |
Um dos helicópteros russos Mi-17V-5, entregues à Venezuela |
O modelo Mi-26T foi chamado por Chávez de "fortaleza voadora". Ele afirmou que a Venezuela será o primeiro país do mundo a receber esse modelo de helicóptero. O Mi-26T tem capacidade para transportar, além da tripulação de cinco pessoas, até 80 soldados com equipamento completo, ou em situações de transporte de feridos, de até 60 pessoas em macas e mais quatro ou cinco médicos
Sem justificativa
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou em janeiro deste ano que as restrições norte-americanas à venda de aviões pela Embraer à Venezuela "não se justificam". O negócio, que envolveria a venda de 36 aviões Super Tucanos, estava estimado em US$ 500 milhões. A Colômbia comprou 25 Super Tucanos semelhantes aos que seriam vendidos à Venezuela.
Chávez já enfrentou outros problemas, criados pelo governo americano, para comprar equipamentos militares. Em em novembro do ano passado, ele denunciou os EUA por tentarem bloquear uma venda da Espanha à Venezuela de 12 aviões de transporte militar e oito barcos de patrulha, calculada em cerca de US$ 2 bilhões. A Espanha ignorou a oposição americana e oficializou a negociação.
Com agências internacionais
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