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12/04/2006
-
14h27
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
Um grupo de cerca de cem nomes de peso do cenário artístico brasileiro se reuniu nesta quarta-feira no Rio de Janeiro para manifestar seu apoio à Varig, em um evento em que não faltaram críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Participaram do evento Marco Nanini, Gerald Thomas, Irene Ravache, Marieta Severo, Louise Cardoso, Zezé Motta, Zezé Polessa, Jacqueline Laurence, Mauro Mendonça, a jogadora de vôlei Virna, Cristina Pereira, Angelina Muniz, Lília Cabral, Julia Lemmertz e Selma Reis, entre outros.
Os artistas subiram ao palco do Teatro Leblon para dar seu apoio ao som do tradicional jingle da companhia.
O ator Marco Nanini leu o manifesto em nome da Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro, em que afirmou que a Varig sempre esteve ligada à cultura brasileira, com apoio ao teatro, música, artes plásticas, dança e cinema.
O dramaturgo Gerald Thomas desferiu os maiores ataques a Lula. 'Será que ele [Lula] vai ouvir alguma coisa? Esse cara não ouve mais ninguém', disse.
Thomas fez uma comparação entre a ajuda dada pelo governo americano a companhias americanas em situação semelhante a da Varig e vociferou: 'Essa quadrilha do poder só coloca um obstáculo atrás do outro, quando a Varig tenta criar alianças, seja com o Fernando Pinto [presidente da estatal aérea portuguesa TAP], seja com a Alvarez [& Marsal --consultoria norte-americana contratada para cuidar da reestruturação].'
Irritado, ele continuou: 'Quando o Lula fala que é a falência de uma companhia não é a falência de uma companhia, ele está decretando a falência do próprio Brasil. Ele está falando dele mesmo, está falando do próprio umbigo', disse.
A atriz Irene Ravache subiu ao palco logo depois do dramaturgo e fez uma declaração emocionada sobre o apoio recebido pela companhia nos anos de trabalho no exterior. 'Quando nós tínhamos algum problema, nós não íamos às embaixadas, nós íamos às lojas da Varig.'
Representando a Varig, o diretor de marketing da companhia, Faustino Pereira, e o diretor de atendimento a clientes, José Dolabela, pediram um prazo de carência de cerca de três meses junto aos fornecedores e estatais. 'Quem diria que nós dois aqui no palco e a turma toda na platéia', disse Faustino ao se dirigir à platéia.
O coreógrafo Carlinhos de Jesus, que estava sentado na platéia, retribuiu com um grito: 'Nós não brilhamos sem a estrela da Varig.'
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da Folha Online, no Rio
Um grupo de cerca de cem nomes de peso do cenário artístico brasileiro se reuniu nesta quarta-feira no Rio de Janeiro para manifestar seu apoio à Varig, em um evento em que não faltaram críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Participaram do evento Marco Nanini, Gerald Thomas, Irene Ravache, Marieta Severo, Louise Cardoso, Zezé Motta, Zezé Polessa, Jacqueline Laurence, Mauro Mendonça, a jogadora de vôlei Virna, Cristina Pereira, Angelina Muniz, Lília Cabral, Julia Lemmertz e Selma Reis, entre outros.
Os artistas subiram ao palco do Teatro Leblon para dar seu apoio ao som do tradicional jingle da companhia.
O ator Marco Nanini leu o manifesto em nome da Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro, em que afirmou que a Varig sempre esteve ligada à cultura brasileira, com apoio ao teatro, música, artes plásticas, dança e cinema.
O dramaturgo Gerald Thomas desferiu os maiores ataques a Lula. 'Será que ele [Lula] vai ouvir alguma coisa? Esse cara não ouve mais ninguém', disse.
Thomas fez uma comparação entre a ajuda dada pelo governo americano a companhias americanas em situação semelhante a da Varig e vociferou: 'Essa quadrilha do poder só coloca um obstáculo atrás do outro, quando a Varig tenta criar alianças, seja com o Fernando Pinto [presidente da estatal aérea portuguesa TAP], seja com a Alvarez [& Marsal --consultoria norte-americana contratada para cuidar da reestruturação].'
Irritado, ele continuou: 'Quando o Lula fala que é a falência de uma companhia não é a falência de uma companhia, ele está decretando a falência do próprio Brasil. Ele está falando dele mesmo, está falando do próprio umbigo', disse.
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