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21/11/2006
-
17h30
KAREN CAMACHO
da Folha Online
A principais centrais sindicais insistem que o governo deve reajustar o salário mínimo dos atuais R$ 350 para R$ 420 e prometem mobilização popular para pressionar o governo a atender a reivindicação. Nos Estados, haverá manifestações no dia 29 de novembro. Uma marcha em Brasília está agendada para 6 de dezembro.
Para a CUT, o rebaixamento da proposta do governo federal, de R$ 375 para R$ 367, reforça a disposição da central em realizar a marcha pelo salário mínimo em Brasília. "Vamos pressionar para que o valor previsto no Orçamento, que inicialmente já estava aquém de nossa reivindicação, seja superado pela mobilização das ruas", disse Artur Henrique, presidente da CUT.
Para ele, o governo também tem de criar uma "política de valorização permanente do salário mínimo a partir do ano que vem".
Sobre o argumento do governo de que o crescimento econômico ficará abaixo do previsto, Henrique disse que o governo federal deveria "implementar de imediato algumas medidas que sugerimos à exaustão".
Entre elas está a inclusão de representantes dos trabalhadores no CMN (Conselho Monetário Nacional) "para que as decisões sobre a política econômica tomem como base metas de crescimento e de geração de empregos, que mereçam a mesma obstinação destinada à meta de inflação".
O secretário da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, disse que "é perigoso o governo se sentir pressionado pelos gastos públicos logo após as eleições" e que as centrais vão insistir no mínimo de R$ 420.
Para ele, a nova proposta do governo "acirra o enfrentamento" com as centrais e a mobilização é a única forma de pressionar o governo a melhorar a proposta de reajuste do mínimo.
Juruna defende que o impacto na Previdência, que pode chegar a R$ 14 bilhões se o mínimo subir para R$ 420, pode ser amenizado pelo aumento da contribuição patronal à Previdência descontada sobre o faturamento das empresas.
O presidente da CGT, Salim Reis, disse que "o governo está querendo arrumar confusão". O movimento sindical não aceitava a proposta de R$ 375 e muito menos aceitará R$ 367. Queremos uma política de recuperação do salário mínimo."
Para ele, o governo não pode ignorar que R$ 367 ou R$ 375 são valores muito abaixo do que o brasileiro precisa para sobreviver e que os R$ 420 propostos pelas centrais são apenas o início da recuperação do mínimo.
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Centrais insistem em mínimo de R$ 420 e agendam marcha em Brasília
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da Folha Online
A principais centrais sindicais insistem que o governo deve reajustar o salário mínimo dos atuais R$ 350 para R$ 420 e prometem mobilização popular para pressionar o governo a atender a reivindicação. Nos Estados, haverá manifestações no dia 29 de novembro. Uma marcha em Brasília está agendada para 6 de dezembro.
Para a CUT, o rebaixamento da proposta do governo federal, de R$ 375 para R$ 367, reforça a disposição da central em realizar a marcha pelo salário mínimo em Brasília. "Vamos pressionar para que o valor previsto no Orçamento, que inicialmente já estava aquém de nossa reivindicação, seja superado pela mobilização das ruas", disse Artur Henrique, presidente da CUT.
Para ele, o governo também tem de criar uma "política de valorização permanente do salário mínimo a partir do ano que vem".
Sobre o argumento do governo de que o crescimento econômico ficará abaixo do previsto, Henrique disse que o governo federal deveria "implementar de imediato algumas medidas que sugerimos à exaustão".
Entre elas está a inclusão de representantes dos trabalhadores no CMN (Conselho Monetário Nacional) "para que as decisões sobre a política econômica tomem como base metas de crescimento e de geração de empregos, que mereçam a mesma obstinação destinada à meta de inflação".
O secretário da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, disse que "é perigoso o governo se sentir pressionado pelos gastos públicos logo após as eleições" e que as centrais vão insistir no mínimo de R$ 420.
Para ele, a nova proposta do governo "acirra o enfrentamento" com as centrais e a mobilização é a única forma de pressionar o governo a melhorar a proposta de reajuste do mínimo.
Juruna defende que o impacto na Previdência, que pode chegar a R$ 14 bilhões se o mínimo subir para R$ 420, pode ser amenizado pelo aumento da contribuição patronal à Previdência descontada sobre o faturamento das empresas.
O presidente da CGT, Salim Reis, disse que "o governo está querendo arrumar confusão". O movimento sindical não aceitava a proposta de R$ 375 e muito menos aceitará R$ 367. Queremos uma política de recuperação do salário mínimo."
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