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Privatização de aeroportos na América Latina foi um "fracasso", diz Iata
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da Efe, na Cidade do México
A Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo, na sigla em inglês) afirmou nesta sexta-feira no México que a privatização dos aeroportos na América Latina foi um "fracasso", porque só gera benefícios para seus proprietários e não novos investimentos em infra-estrutura no setor.
A maneira como os aeroportos foram vendidos só "garante lucro sem nenhum estímulo para investir em eficiência ou melhorar suas instalações", afirmou o diretor internacional da Iata, Giovanni Bisignani, que participou de um seminário de representantes do setor aéreo em Cancún, no México.
"Em muitos lugares, o fato de administrar um aeroporto constitui uma licença para imprimir dinheiro", comparou Bisignani.
O diretor assegurou que, pelo modo como foram distribuídas as concessões e determinadas as estruturas de custos em muitos aeroportos da América Latina, as companhias aéreas se vêem obrigadas "a pagar pelo menos US$ 2,5 bilhões aos aeroportos e às prestadoras de serviços."
"Os governos em toda a América Latina devem entender que esses monopólios da infra-estrutura não são vacas leiteiras. Para obter o maior benefício econômico da aviação, precisamos de políticas transparentes que resultem em uma infra-estrutura eficiente", sustentou Bisignani.
Ele fez um apelo para promover uma nova política do setor aéreo na região para conseguir o fortalecimento do setor aéreo latino-americano.
"Conhecendo-nos melhor, poderemos ajudar os governos a evitar a miopia das políticas para que todos juntos possamos construir uma base mais forte para o crescimento futuro", argumentou.
O diretor da Iata disse que é necessário melhorar a segurança operacional das companhias aéreas porque a taxa de acidentes na América Latina "é maior que a média mundial, com um acidente por cada 550.000 vôos."
Isso constitui "um problema grave e deve mudar", alertou.
Segundo dados da Iata, as empresas aéreas da região empregam 2,2 milhões de pessoas e geram US$ 122 bilhões por ano.
O evento é organizado pela Associação Latino-Americana de Transporte Aéreo (Alta) e dele participam mais de uma centena de especialistas em aviação.
Os temas discutidos incluem a segurança operacional, a liberalização dos céus e a proteção ao meio ambiente.
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