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19/09/2002
-
11h33
da Folha de S.Paulo
A Revolução Industrial iniciou-se na Inglaterra na segunda metade do século 18. Somente no século seguinte, quando a burguesia conseguiu eliminar os entraves remanescentes do feudalismo, é que esse processo de expansão capitalista veio a atingir outros países.
Nos principais países europeus, a formação da classe operária seguiu o ritmo já adotado na Inglaterra, com jornadas de trabalho de 14 horas diárias, situação de insalubridade, falta de legislação e superexploração do trabalho da mulher e da criança. A diferença esteve no fato de que, à medida que a classe operária se formava, surgia uma nova ideologia, o socialismo, que, defendendo idéias igualitárias, iria ao encontro dos interesses dessa nova classe social.
Os primeiros teóricos do socialismo acreditavam ser possível a igualdade por meio de reformas no interior do próprio sistema capitalista, o que garantiria gradualmente direitos políticos e trabalhistas aos operários e, por isso, foram chamados de "utópicos".
O teórico mais importante do socialismo foi Karl Marx, que, em 1848, publicou o "Manifesto Comunista" e foi considerado o criador do "socialismo científico". Essa denominação deveu-se ao fato de Marx fazer uma análise científica do desenvolvimento das sociedades desde suas origens para concluir que o elemento responsável pela desigualdade era a existência da propriedade privada dos meios de produção.
Marx defendia a necessidade de uma revolução proletária como meio de transformar a sociedade. Destruiria, assim, o Estado burguês para construir uma sociedade igualitária.
A necessidade de um partido explicava-se pelo fato de os trabalhadores nascerem em uma sociedade burguesa e cristã e aprenderem desde o berço que as diferenças socioeconômicas são naturais. Faltava ao operariado a consciência de classe. O proletariado aprendeu a imaginar a vida a partir dos valores liberais da burguesia e a sonhar com o mesmo modelo de sociedade.
O marxismo, às vezes deturpado, desenvolveu-se ao longo dos séculos 19 e 20 e deu suporte ideológico a vários movimentos revolucionários.
Dica: procure comparar a organização dos trabalhadores na França durante a revolução de 1789 e durante a "primavera dos povos", em 1848.
Claudio B. Recco é coordenador do site www.historianet.com.br, professor do Curso Objetivo e autor do livro "História em Manchete - Na Virada do Século"
Leia mais:
Atualidades: O poder dos EUA e o antiamericanismo
Física: A propagação do calor e o efeito estufa
Português: Paralelismo sintático torna texto mais preciso
Geografia: Os significados das siglas e o exame vestibular
Matemática: Raiz quadrada nos tempos de Cristo
História: A formação da classe operária na Europa
CLAUDIO B. RECCOda Folha de S.Paulo
A Revolução Industrial iniciou-se na Inglaterra na segunda metade do século 18. Somente no século seguinte, quando a burguesia conseguiu eliminar os entraves remanescentes do feudalismo, é que esse processo de expansão capitalista veio a atingir outros países.
Nos principais países europeus, a formação da classe operária seguiu o ritmo já adotado na Inglaterra, com jornadas de trabalho de 14 horas diárias, situação de insalubridade, falta de legislação e superexploração do trabalho da mulher e da criança. A diferença esteve no fato de que, à medida que a classe operária se formava, surgia uma nova ideologia, o socialismo, que, defendendo idéias igualitárias, iria ao encontro dos interesses dessa nova classe social.
Os primeiros teóricos do socialismo acreditavam ser possível a igualdade por meio de reformas no interior do próprio sistema capitalista, o que garantiria gradualmente direitos políticos e trabalhistas aos operários e, por isso, foram chamados de "utópicos".
O teórico mais importante do socialismo foi Karl Marx, que, em 1848, publicou o "Manifesto Comunista" e foi considerado o criador do "socialismo científico". Essa denominação deveu-se ao fato de Marx fazer uma análise científica do desenvolvimento das sociedades desde suas origens para concluir que o elemento responsável pela desigualdade era a existência da propriedade privada dos meios de produção.
Marx defendia a necessidade de uma revolução proletária como meio de transformar a sociedade. Destruiria, assim, o Estado burguês para construir uma sociedade igualitária.
A necessidade de um partido explicava-se pelo fato de os trabalhadores nascerem em uma sociedade burguesa e cristã e aprenderem desde o berço que as diferenças socioeconômicas são naturais. Faltava ao operariado a consciência de classe. O proletariado aprendeu a imaginar a vida a partir dos valores liberais da burguesia e a sonhar com o mesmo modelo de sociedade.
O marxismo, às vezes deturpado, desenvolveu-se ao longo dos séculos 19 e 20 e deu suporte ideológico a vários movimentos revolucionários.
Dica: procure comparar a organização dos trabalhadores na França durante a revolução de 1789 e durante a "primavera dos povos", em 1848.
Claudio B. Recco é coordenador do site www.historianet.com.br, professor do Curso Objetivo e autor do livro "História em Manchete - Na Virada do Século"
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