Feridos da Segunda Guerra Mundial se curaram com
música
Da Folha
Online
Relatos
de que a música faz bem para saúde vêm desde
a Antiguidade. Os mais longíquos são de médicos
egípcios que viam a música como "terapia"
para aumentar a fertilidade da mulher, isso em 1500 a.C.
Na Grécia antiga, o filósofo Platão recomendava
música para a mente e o corpo, e também para vencer
fobias. Aristóteles descrevia seus efeitos benéficos
na catarse emotiva e nas emoções que julgava incontroláveis.
Esculápio, famoso médico de sua época, também
prescrevia música para as pessoas com mente perturbada.
A musicoterapia
"oficializada" nasceu a partir de uma experiência
com soldados feridos durante a Segunda Guerra Mundial, em 1944,
nos EUA. Os combatentes foram divididos em dois grupos, um deles
se recuperando com música e o outro, sem. Pesquisadores perceberam
que os que ouviram sons musicais se recuperaram melhor do que o
outro grupo.
A partir
desse momento, músicos e médicos formaram um grupo
de pesquisa para estudar os efeitos da música na saúde.
Em 1950, foi fundada a primeira entidade nos EUA: a National Association
for Music Therapy.
No Brasil, o primeiro curso de musicoterapia foi dado pelo argentino
Rolando Berenzon, no Conservatório Brasileiro de Música,
no Rio, em 1968, mesmo ano em que foi fundada a primeira associação
na América do Sul, em Buenos Aires, Argentina.
De
lá para cá, os adeptos aumentaram e hoje são
1.500 profissionais atuando no Brasil. A formação
de musicoterapeuta é universitária, com cursos no
Conservatório Brasileiro de Música, no Rio de Janeiro,
na Universidade Estadual de Ribeirão Preto, na Faculdade
Paulista de Artes, em São Paulo, na Universidade Federal
de Goiás, e na Universidade de Pelotas (RS). A FMU, Faculdades
Metropolitanas Unidas, em São Paulo, iniciará um curso
de graduação a partir de 2001. (Jorge
Blat)
Fontes: Maristela Pires
da Cruz Smith, presidente da Associação de Profissionais
e Estudantes de Musicoterapia do Estado de São Paulo, e Conceição
Rossi, musicoterapeuta e terapeuta holística da Endocrino-Clínica
de São Paulo.
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