Fases
devem ser respeitadas
da
Folha Online
Um estudo da AACD (Associação de Assistência à Criança Defeituosa),
mostra que 50% dos homens e 60% das mulheres que tiveram lesão cervical
interrompem a vida sexual, por questões que vão da desinformação
à falta de iniciativa inerente da condição.
Os estudiosos que trabalham com deficientes físicos salientam que,
quanto antes o indivíduo se submeter ao processo de readaptação,
melhor. Mas certos limites têm que ser respeitados.
Primeiro, não basta um consultório e um especialista, mas também
a vontade interior. É necessário também esperar pela total recuperação,
que varia de acordo com a gravidade do acidente. Não dá para começar
logo após receber alta.
Em terceiro, ele deve se instruir, junto aos médicos, sobre o controle
da incontinência urinária e fecal.
Alguns deficientes passam um bom tempo sem lembrar do sexo, mais
preocupados com a recuperação de movimentos através da fisioterapia,
o que deve ser respeitado.
Auto-estima e vaidade também contam: ele deve fazer o possível para
se mostrar atraente, manter a higiene e descobrir novas formas de
sedução.
Passadas essas fases, ele pode, com o auxílio de um psicólogo, de
um especialista em aparelho reprodutor ou até de mais de um médico,
se orientar e iniciar um tratamento adequado. (RC)
Fontes:
Fabiano Puhlmann, psicólogo
clínico e especialista em sexualidade humana da Instituição
Beneficente Nosso Lar (0/xx/11 6163-8681); Flávia
Cintra, coordenadora do CIVI (Centro de Informação
para a Vida Independente), tel.: 0/xx/11/ 6221-8000; Milton Borelli Jr., urologista e especialista
em disfunção sexual do da AACD
(Associação de Assitência à Criança
Defeituosa) tel.: 0/xx/11 5576-0777; Luiz
Antônio de Arruda Botelho, fisiatra e superintendente
médico da Fundação Selma (0/xx/11 543-3277);
Mara Gabrilli, psicóloga
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