Marion Jones Alexander Karelin Maria Olaru Lance Armstrong Hamish Carter Maurice Greene Steve Redgrave Ronaldinho Patrick Rafter Javier Sotomayor Ian Thorpe O Pacífico vai à guerra das medalhas |
Com a cara e o coração
DO PAINEL FC Apesar de nunca ter ganho o Aberto da Austrália, Patrick Rafter, 27, é um dos favoritos para subir ao topo do pódio. Mesmo se não ficar em primeiro, jogando em casa será a grande atração do tênis em Sydney. Atuando em quadra de piso duro como a do Aberto dos Estados Unidos, que já venceu em duas ocasiões, Rafter deverá levar à loucura os australianos, já muito empolgados com o fato de ele ter ajudado a conduzir o país à final da Copa Davis. Após a vitória contra o Brasil, nas semifinais, Rafter e seus companheiros disputarão a final contra a Espanha, em dezembro. Assim como Gustavo Kuerten conquistou com seu bom mocismo o público brasileiro, Rafter é tido na Austrália como o protótipo do bom caráter. Boa pinta foi apontado pela revista People em 1997 como um dos dez homens mais bonitos do mundo, ele está se aproximando do patamar de US$ 2 milhões em doações feitas para instituições de caridade dentro e fora da Austrália. O restante de seus rendimentos, no entanto, tem enviado para as Bermudas, a fim de fugir dos impostos já tem aplicados cerca de US$ 9 milhões. Como Kuerten, adota visual desleixado, com a barba quase sempre por fazer. E mantém as amizades que tinha no início da carreira. Treina, inclusive, com amigos de infância, que estão longe de obter o sucesso de Rafter, mas são pagos para acompanhá-lo no circuito profissional. Quem for à Austrália assistir aos Jogos deverá se cansar de ver na televisão imagens de Rafter e Ian Thorpe, a maior estrela do país-sede na natação. Os dois já fecharam contrato com cinco empresas para exibir comerciais de seus produtos durante o evento. Os protagonizados pelo tenista devem se estender até a final da Davis. Natural de Brisbane, o australiano tem dito que considera o ouro em Sydney e, em seguida, a conquista da Davis os divisores de água da sua carreira. Agora que foi eliminado do Aberto dos EUA, Rafter terá mais tempo para treinar se fosse adiante no torneio, o australiano teria que jogar a finalíssima de hoje, em Nova York. Mas, independentemente do tempo para treinamento, o Socog Comitê Organizador dos Jogos de Sydney acredita que o tênis, desta vez, vai empolgar. Jogo de exibição em Los Angeles-1984, voltou a dar medalhas a partir de 1988, em Seul. O problema, no entanto, é que costumava coincidir com Wimbledon, o mais importante torneio de tênis do mundo. Com isso, suas principais estrelas ficavam de fora não de Wimbledon, claro, mas da Olimpíada. Mas agora, com os Jogos ocorrendo em setembro, o problema não existirá. Os 48 atletas mais bem colocados no ranking e os finalistas de Wimbledon têm direito de competir em Sydney. E, para animar um pouco mais, a Olimpíada ainda passará a render pontos para o ranking da ATP.
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