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28/06/2005
-
09h51
FÁBIO VICTOR
PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, em Frankfurt
Já que o deixaram chegar, é melhor a Argentina se preocupar na final da Copa das Confederações, na quarta-feira, às 15h45 em Frankfurt, na Alemanha. O mesmo técnico que faz o Brasil penar em amistosos e jogos classificatórios é o rei da eficiência quando é caso de matar ou morrer em uma partida.
À frente da seleção, Carlos Alberto Parreira já enfrentou nove vezes essa situação por competições da Fifa e da Confederação Sul-Americana. E, com exceção da primeira experiência, na Copa América de 1993 (quando caiu diante da mesma Argentina, mas apenas na cobrança de pênaltis), o treinador foi vitorioso em todas.
Foram quatro triunfos no Mundial de 1994, três na Copa América do ano passado e outro na atual Copa das Confederações, justamente contra os anfitriões.
Seu fantástico aproveitamento de 89% supera o de nomes consagrados da prancheta nacional nos últimos 30 anos, como Vanderlei Luxemburgo, Telê Santana, Zagallo e Luiz Felipe Scolari.
Enquanto Scolari, seu antecessor imediato, era mestre na arte de motivar emocionalmente o time em momentos decisivos, Parreira, que às vezes também utiliza o recurso, tem como característica deixar o ambiente o mais descontraído o possível entre os jogadores. Quando mostra teipes de jogos de adversários, por exemplo, já leva a fita editada, para não enfadar os atletas.
E, cada vez mais, diz que o psicológico é vital. "Numa decisão, quando você já está exausto, o aspecto emocional é tão importante quanto o físico e o tático", repetiu o treinador brasileiro durante a Copa das Confederações.
A sorte também acompanha Parreira. Após a eliminação da Copa América-93 nos pênaltis, seus times venceram nos tiros livres na final do Mundial-94 e nas semifinais (Uruguai) e final (Argentina) da Copa América-04.
Para a decisão de quarta, ele projeta como agir na hora decisiva.
"Numa final, o Brasil não pode se intimidar. Temos que pensar em jogar futebol, mas temos que nos impor, até fisicamente. As divididas têm de ser nossas", afirmou o treinador, que manterá o time que estreou no torneio, com Cicinho e Gilberto nas laterais.
"É no momento o time em que eu tenho confiança. E ritmo de jogo também é importante nessa hora", declarou Parreira, que deu claros sinais que tanto Cicinho como Gilberto ganharam pontos importantes na luta por uma vaga no grupo que irá à Copa.
"Sem dúvida alguma a gente sai com uma posição melhor e mais bem definida de alguns jogadores que conhecemos melhor aqui."
Na sua entrevista ontem em Frankfurt, ele revelou uma estratégia que utilizou, sem efeito, em jogos classificatórios.
No início do mês, antes de o Brasil enfrentar a Argentina em Buenos Aires pelas eliminatórias, Parreira disse que aquele era um simples amistoso, já que os dois times estavam praticamente classificados para a Copa.
"Fez aquilo para tirar o peso do jogo. O discurso interno era um. O discurso externo era outro. Não existe jogo amistoso entre Brasil e Argentina", declarou o treinador, que com sua tática de "tirar o peso da partida" viu seu time ser massacrado no primeiro tempo e acabar batido por 3 a 1.
Entre os jogadores, o clima é de confiança no poder brasileiro na hora da decisão.
"Em jogo importante com certeza a motivação é outra", afirmou o geralmente calado Dida. "O Brasil tem tradição, foi campeão várias vezes", disse Robinho.
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PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, em Frankfurt
Já que o deixaram chegar, é melhor a Argentina se preocupar na final da Copa das Confederações, na quarta-feira, às 15h45 em Frankfurt, na Alemanha. O mesmo técnico que faz o Brasil penar em amistosos e jogos classificatórios é o rei da eficiência quando é caso de matar ou morrer em uma partida.
À frente da seleção, Carlos Alberto Parreira já enfrentou nove vezes essa situação por competições da Fifa e da Confederação Sul-Americana. E, com exceção da primeira experiência, na Copa América de 1993 (quando caiu diante da mesma Argentina, mas apenas na cobrança de pênaltis), o treinador foi vitorioso em todas.
Foram quatro triunfos no Mundial de 1994, três na Copa América do ano passado e outro na atual Copa das Confederações, justamente contra os anfitriões.
Seu fantástico aproveitamento de 89% supera o de nomes consagrados da prancheta nacional nos últimos 30 anos, como Vanderlei Luxemburgo, Telê Santana, Zagallo e Luiz Felipe Scolari.
Enquanto Scolari, seu antecessor imediato, era mestre na arte de motivar emocionalmente o time em momentos decisivos, Parreira, que às vezes também utiliza o recurso, tem como característica deixar o ambiente o mais descontraído o possível entre os jogadores. Quando mostra teipes de jogos de adversários, por exemplo, já leva a fita editada, para não enfadar os atletas.
E, cada vez mais, diz que o psicológico é vital. "Numa decisão, quando você já está exausto, o aspecto emocional é tão importante quanto o físico e o tático", repetiu o treinador brasileiro durante a Copa das Confederações.
A sorte também acompanha Parreira. Após a eliminação da Copa América-93 nos pênaltis, seus times venceram nos tiros livres na final do Mundial-94 e nas semifinais (Uruguai) e final (Argentina) da Copa América-04.
Para a decisão de quarta, ele projeta como agir na hora decisiva.
"Numa final, o Brasil não pode se intimidar. Temos que pensar em jogar futebol, mas temos que nos impor, até fisicamente. As divididas têm de ser nossas", afirmou o treinador, que manterá o time que estreou no torneio, com Cicinho e Gilberto nas laterais.
"É no momento o time em que eu tenho confiança. E ritmo de jogo também é importante nessa hora", declarou Parreira, que deu claros sinais que tanto Cicinho como Gilberto ganharam pontos importantes na luta por uma vaga no grupo que irá à Copa.
"Sem dúvida alguma a gente sai com uma posição melhor e mais bem definida de alguns jogadores que conhecemos melhor aqui."
Na sua entrevista ontem em Frankfurt, ele revelou uma estratégia que utilizou, sem efeito, em jogos classificatórios.
No início do mês, antes de o Brasil enfrentar a Argentina em Buenos Aires pelas eliminatórias, Parreira disse que aquele era um simples amistoso, já que os dois times estavam praticamente classificados para a Copa.
"Fez aquilo para tirar o peso do jogo. O discurso interno era um. O discurso externo era outro. Não existe jogo amistoso entre Brasil e Argentina", declarou o treinador, que com sua tática de "tirar o peso da partida" viu seu time ser massacrado no primeiro tempo e acabar batido por 3 a 1.
Entre os jogadores, o clima é de confiança no poder brasileiro na hora da decisão.
"Em jogo importante com certeza a motivação é outra", afirmou o geralmente calado Dida. "O Brasil tem tradição, foi campeão várias vezes", disse Robinho.
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