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24/03/2006 - 11h35

"Depois Daquele Baile" tem direção segura, simplicidade e elenco inspirado

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RICARDO FELTRIN
Editor-chefe da Folha Online

Há muito mais qualidades do que defeitos no filme de estréia de Roberto Bomtempo como diretor. Quando se tem uma direção segura, uma boa história e três excelentes personagens, cheios de vida e dominados por três grandes atores, dificilmente as coisas poderiam dar errado.

Divulgação
Filme marca estréia de Roberto Bomtempo como diretor
Filme marca estréia de Roberto Bomtempo como diretor
É o caso de "Depois Daquele Baile", que estréia hoje nos cinemas. É um filme que tem como qualidades a honestidade e a total ausência de pretensão. O interesse parece ser apenas contar uma pequena saga de amor e de amizade de uma forma linear. Nada mais prosaico em termos de cinema. No entanto, é justamente essa simplicidade que cativa a platéia por 108 minutos.

O filme conta a história da bela viúva (Irene Ravache) assediada por dois senhores e amigos --um, Marcos Caruso, absolutamente hipocondríaco; o outro, Lima Duarte, um autêntico pé-na-jaca). Enquanto disputam a bela dama, ambos divagam e mergulham no presente. Em outras ocasiões, é o passado que volta para assombrar a ambos.

Além disso, o filme é também uma declaração de amor do diretor a Minas Gerais e à sua cultura --seja na cena inicial em que a culinária regional já deixa a todos com água na boca, seja no fantástico cenário, seja na belíssima trilha sonora que redesenha velhos sucessos de Lô Borges, 14 Bis, Milton Nascimento...

"Depois Daquele Baile" vale o ingresso por vários motivos. Faz rir muito, graças à atuação inspirada de Lima Duarte e as implicâncias de seu personagem com o de Caruso. Ravache também surpreende, não só como pé-de-valsa, mas também como cantora: que bela voz, que belo timbre e afinação ela exibe! Também faz refletir sobre o significado do amor para quem chegou sozinho à terceira idade.

Por fim, ensina que há uma singela escala de valores que deve ser obedecida até por rivais "machistões" que disputam uma mesma mulher: porque uma mulher é importante, mas um amigo de verdade é sagrado.

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