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25/01/2006
-
12h36
da Folha Online
Em menos de uma semana, o Google se envolveu em duas polêmicas que mostram um comportamento contraditório por parte da empresa. Se na última sexta-feira a ferramenta de buscas virou notícia por sair em defesa dos internautas e não cumprir uma intimação do governo norte-americano, a notícia desta quarta vai na direção contrária: a organização admitiu concordar com a censura de conteúdo na China.
Nesta quarta-feira, a empresa deve lançar uma nova versão de sua ferramenta local, que terá a extensão ".cn". Até então, os usuários acessavam a página em chinês pelo "Google.com", segundo a agência de notícias Associated Press. Esta alternativa já sofria alguma censura, pois "não encontrava" páginas com termos polêmicos.
Para obter autorização para o funcionamento do site local, o Google concordou em "omitir o conteúdo não-aprovado pelo governo chinês". A censura da página de buscas terá como base relatórios elaborados por oficiais daquele país --assim, o governo terá total poder de decisão sobre o conteúdo que não deve aparecer.
"Para operarmos na China, tivemos de remover informações disponíveis no Google.cn, obedecendo às leis, regras e políticas locais. Apesar de esta ação não estar de acordo com nossa missão, deixar de oferecer o serviço seria ainda pior", justificou Andrew McLaughlin, do conselho de políticas da empresa, à agência de notícias Reuters.
O país asiático tem cerca de 111 milhões de internautas --mercado que representa uma boa fonte de lucros para o Google-- e uma postura bastante rígida em relação à internet. O governo monitora o conteúdo oferecido pela rede e proíbe acesso, por exemplo, a páginas que falam sobre dalai-lama ou a relação com outros países. Diversos blogueiros também já foram presos por divulgar suas opiniões via internet.
Atualmente, a ferramenta de buscas mais popular na China é a chinesa Baidu.com --o Google tem 2,6% das ações desta empresa. Uma recente pesquisa concluiu, no entanto, que a solução local está muito vulnerável às inovações e atrativos oferecidos pelos gigantes Google e Yahoo!.
Com agências internacionais
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Em menos de uma semana, o Google se envolveu em duas polêmicas que mostram um comportamento contraditório por parte da empresa. Se na última sexta-feira a ferramenta de buscas virou notícia por sair em defesa dos internautas e não cumprir uma intimação do governo norte-americano, a notícia desta quarta vai na direção contrária: a organização admitiu concordar com a censura de conteúdo na China.
Nesta quarta-feira, a empresa deve lançar uma nova versão de sua ferramenta local, que terá a extensão ".cn". Até então, os usuários acessavam a página em chinês pelo "Google.com", segundo a agência de notícias Associated Press. Esta alternativa já sofria alguma censura, pois "não encontrava" páginas com termos polêmicos.
Para obter autorização para o funcionamento do site local, o Google concordou em "omitir o conteúdo não-aprovado pelo governo chinês". A censura da página de buscas terá como base relatórios elaborados por oficiais daquele país --assim, o governo terá total poder de decisão sobre o conteúdo que não deve aparecer.
"Para operarmos na China, tivemos de remover informações disponíveis no Google.cn, obedecendo às leis, regras e políticas locais. Apesar de esta ação não estar de acordo com nossa missão, deixar de oferecer o serviço seria ainda pior", justificou Andrew McLaughlin, do conselho de políticas da empresa, à agência de notícias Reuters.
O país asiático tem cerca de 111 milhões de internautas --mercado que representa uma boa fonte de lucros para o Google-- e uma postura bastante rígida em relação à internet. O governo monitora o conteúdo oferecido pela rede e proíbe acesso, por exemplo, a páginas que falam sobre dalai-lama ou a relação com outros países. Diversos blogueiros também já foram presos por divulgar suas opiniões via internet.
Atualmente, a ferramenta de buscas mais popular na China é a chinesa Baidu.com --o Google tem 2,6% das ações desta empresa. Uma recente pesquisa concluiu, no entanto, que a solução local está muito vulnerável às inovações e atrativos oferecidos pelos gigantes Google e Yahoo!.
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