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05/12/2006 - 13h20

Israel oferece mil palestinos em troca de soldado seqüestrado

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da Efe

Israel ofereceu a libertação de cerca de mil prisioneiros palestinos em troca do soldado Gilad Shalit, capturado há mais de cinco meses por comandos de Gaza numa base militar, informa nesta terça-feira o jornal "Ha'aretz".

"Aceitamos libertar centenas de prisioneiros, entre eles mulheres e menores de idade, e também homens mais velhos, inclusive alguns que estão há muitos anos presos", disse uma importante fonte, não identificada pelo jornal.

"O número de presos que Israel poderá libertar se aproxima de mil", calculou. Os detidos seriam postos em liberdade em fases, começando pelas mulheres e menores.

O governo israelense espera algum progresso para a concretização da troca após a reunião de ontem, na Síria, entre o primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, e o líder de seu partido, o movimento extremista islâmico Hamas, Khaled Mashaal. Mashaal, que vive em Damasco, teria que dar a palavra final.

Proposta

Israel propôs a libertação dos prisioneiros ao chefe dos Serviços de Segurança do Egito, Omar Suleiman, que atua como mediador do conflito. Ele se reuniu na semana passada com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e com o ministro de Defesa, Amir Peretz.

Segundo fontes israelenses, o Hamas, cujos milicianos participaram da captura do soldado israelense com os de outros dois grupos, rejeitou a oferta antes da reunião de Mashaal com Haniyeh.

O presidente egípcio, Hosni Mubarak, disse recentemente que Israel teria que libertar as mulheres e os menores de idade, em sua maioria supostos suicidas aprisionados antes de completar suas missões, antes da libertação de Shalit.

Segundo o plano egípcio para a troca, nesta primeira etapa, Shalit,18, seria levado da faixa de Gaza ao território egípcio, em troca da libertação. Na segunda etapa, Shalit voltaria para Israel em troca da libertação de outros grupos de prisioneiros, cujo total em prisões de Israel está acima de dez mil.

Na terceira etapa, seriam soltos os últimos da lista, aparentemente os que estão presos há mais tempo e que cometeram ataques causando a morte de civis e militares israelenses.

Até o momento, todos os governos israelenses que aceitaram trocas se negaram a libertar a palestinos "com sangue nas mãos". Abrindo o precedente, Olmert se exporia a duras críticas dos partidos nacionalistas de direita e de organizações de parentes de vítimas de ataques palestinos.

Olmert começou oferecendo a libertação de 300 prisioneiros, mas o Hamas exigia 1.400.

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