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16/03/2007
-
11h17
da France Presse, em Teerã
da Folha Online
O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad voltou a afirmar nesta sexta-feira que Teerã não suspenderá suas atividades nucleares sensíveis, depois que as seis grandes potências chegaram a um acordo a respeito das novas sanções contra seu país.
"A nação iraniana domina o ciclo da combustão nuclear e não retrocederá", declarou o presidente em um discurso na Província de Yazd (centro).
As seis grandes potências envolvidas na questão nuclear iraniana entraram em acordo na quinta-feira para pedir novas sanções contra o Irã devido à rejeição por parte deste país em suspender suas atividades nucleares sensíveis, garantindo assim a adoção de uma resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas, talvez na próxima semana.
"Não pensem que vocês bloquearão o caminho seguido pela nação iraniana com essas reuniões e concílios", acrescentou Ahmadinejad, que na quinta-feira havia negado toda a legitimidade das decisões do Conselho de Segurança.
O religioso iraniano responsável pelo sermão das orações desta sexta-feira, o aiatolá Mohamad Emami Kashani, fez eco às declarações do chefe de Estado, ao afirmar que "mesmo que adotem dez resoluções, isso não incomodará o país".
Os embaixadores de Rússia, Vitaly Churkin, e Reino Unido, Emyr Jones Parry, anunciaram na quinta-feira um acordo dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança --China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia-- mais a Alemanha sobre um novo projeto de resolução.
Será a terceira vez que o Conselho de Segurança exige que o Irã suspenda seu enriquecimento de urânio, um processo que permite obter tanto combustível para uma central nuclear como a matéria-prima de uma bomba atômica.
Resolução
A última resolução (1737), adotada no dia 23 de dezembro, depois do fracasso da 1696, adotada no dia 31 de julho, tinha dado 60 dias ao Irã para que o país se submetesse a essa exigência, o que não foi seguido pela República Islâmica.
A novidade é um embargo sobre as compras de armas procedentes do Irã, e um pedido aos Estados membros que se "mostrem vigilantes e prudentes" quanto ao fornecimento de armamentos.
O texto amplia a lista de instituições e pessoas ligadas aos programas nuclear ou balístico iranianos, objeto de restrições financeiras e comerciais, assim como a de indivíduos cujos deslocamentos no exterior são submetidos à vigilância.
Diversas entidades e pessoas adicionadas dependem do corpo de elite dos Guardiães da Revolução, o Exército ideológico do regime que entre outras coisas supervisiona o programa balístico iraniano e o arsenal de mísseis de médio alcance do tipo Shahab 3.
O novo texto foi entregue aos dez membros não permanentes do Conselho de Segurança e poderá ser submetido à votação a partir da próxima semana. Não restam dúvidas sobre sua adoção, já que apenas os membros permanentes dispõem do direito de veto.
O presidente iraniano pediu oficialmente para participar da sessão do Conselho de Segurança (CS) durante a votação, em uma carta enviada à Presidência do Conselho pela missão iraniana na ONU exercida este mês pelo embaixador da África do Sul, Dumisani Kumalo.
O regulamento do Conselho de Segurança permite aos representantes de um país não membro, mas diretamente envolvido em um projeto de resolução, sua participação na sessão e que este faça uso da palavra, sem direito a voto.
Com agências internacionais
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da Folha Online
O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad voltou a afirmar nesta sexta-feira que Teerã não suspenderá suas atividades nucleares sensíveis, depois que as seis grandes potências chegaram a um acordo a respeito das novas sanções contra seu país.
"A nação iraniana domina o ciclo da combustão nuclear e não retrocederá", declarou o presidente em um discurso na Província de Yazd (centro).
As seis grandes potências envolvidas na questão nuclear iraniana entraram em acordo na quinta-feira para pedir novas sanções contra o Irã devido à rejeição por parte deste país em suspender suas atividades nucleares sensíveis, garantindo assim a adoção de uma resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas, talvez na próxima semana.
"Não pensem que vocês bloquearão o caminho seguido pela nação iraniana com essas reuniões e concílios", acrescentou Ahmadinejad, que na quinta-feira havia negado toda a legitimidade das decisões do Conselho de Segurança.
O religioso iraniano responsável pelo sermão das orações desta sexta-feira, o aiatolá Mohamad Emami Kashani, fez eco às declarações do chefe de Estado, ao afirmar que "mesmo que adotem dez resoluções, isso não incomodará o país".
Os embaixadores de Rússia, Vitaly Churkin, e Reino Unido, Emyr Jones Parry, anunciaram na quinta-feira um acordo dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança --China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia-- mais a Alemanha sobre um novo projeto de resolução.
Será a terceira vez que o Conselho de Segurança exige que o Irã suspenda seu enriquecimento de urânio, um processo que permite obter tanto combustível para uma central nuclear como a matéria-prima de uma bomba atômica.
Resolução
A última resolução (1737), adotada no dia 23 de dezembro, depois do fracasso da 1696, adotada no dia 31 de julho, tinha dado 60 dias ao Irã para que o país se submetesse a essa exigência, o que não foi seguido pela República Islâmica.
A novidade é um embargo sobre as compras de armas procedentes do Irã, e um pedido aos Estados membros que se "mostrem vigilantes e prudentes" quanto ao fornecimento de armamentos.
O texto amplia a lista de instituições e pessoas ligadas aos programas nuclear ou balístico iranianos, objeto de restrições financeiras e comerciais, assim como a de indivíduos cujos deslocamentos no exterior são submetidos à vigilância.
Diversas entidades e pessoas adicionadas dependem do corpo de elite dos Guardiães da Revolução, o Exército ideológico do regime que entre outras coisas supervisiona o programa balístico iraniano e o arsenal de mísseis de médio alcance do tipo Shahab 3.
O novo texto foi entregue aos dez membros não permanentes do Conselho de Segurança e poderá ser submetido à votação a partir da próxima semana. Não restam dúvidas sobre sua adoção, já que apenas os membros permanentes dispõem do direito de veto.
O presidente iraniano pediu oficialmente para participar da sessão do Conselho de Segurança (CS) durante a votação, em uma carta enviada à Presidência do Conselho pela missão iraniana na ONU exercida este mês pelo embaixador da África do Sul, Dumisani Kumalo.
O regulamento do Conselho de Segurança permite aos representantes de um país não membro, mas diretamente envolvido em um projeto de resolução, sua participação na sessão e que este faça uso da palavra, sem direito a voto.
Com agências internacionais
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