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23/04/2007
-
12h40
da Lusa, em Bruxelas
da Folha Online
O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, lamentou a morte presidente russo Boris Ieltsin, 76, que considerou uma "referência-chave" no pós-comunismo. Ieltsin que sofria de problemas cardíacos, morreu nesta segunda-feira.
Primeiro presidente da Rússia pós-soviética, em 1991, e o primeiro eleito democraticamente, Ieltsin "foi uma referência-chave na transição pós-comunista na Rússia", afirma Durão Barroso, em um texto divulgado em Bruxelas em que o ex-premiê luso envia condolências à família do ex-presidente russo e às autoridades e ao povo da Rússia.
"Enquanto presidente, ele enfrentou enormes desafios e mandatos difíceis, mas conseguiu aproximar o Leste e o Ocidente e ajudou a substituir o confronto pela cooperação", disse Barroso.
O presidente do Executivo da União Européia (UE) lembrou ainda que Ieltsin enfrentou uma tentativa de golpe de Estado por parte de forças reacionárias que queriam reimplantar a ditadura. "Com grande coragem pessoal, foi bem sucedido na defesa da liberdade", sublinhou.
Ieltsin sempre foi uma figura política polêmica. Em sua biografia, lançada em 2000, reconheceu que em alguns momentos de seu mandato agiu sob a influência do álcool e recordou uma situação constrangedora em Berlim, em 1994. No livro, ele conta que durante uma cerimônia com o então chanceler (premiê) alemão, Helmut Kohl, diz que "baixou a guarda e, depois de vários copos, sentiu que poderia fazer qualquer coisa, como reger a banda de música. À época, a cena transmitida por TV provocou risos no mundo inteiro.
Após deixar o governo [Ieltsin renunciou à Presidência em 31 de dezembro de 1999, seis meses antes do fim de seu cargo], disse que preferia ficar vendo shows de Celine Dion e George Michael em DVD a voltar a trabalhar como político.
"Quem se aposenta tem de fazer sua escolha: se manter na vida pública, viajar, dar palestras, continuar a trabalhar ou devotar seu tempo a quem gosta", afirmou em 2000 ao jornal russo "Komsomolskaya Pravda". "Eu escolhi a segunda opção, mais coerente com meu momento."
Antecessor do atual presidente russo, Vladimir Putin, a quem ele havia designado como herdeiro político, Ieltsin ganhou popularidade durante seus oito anos de governo devido às suas promessas de combate à corrupção, sem conseguir, no entanto, manter o controle de grande parte de empresas estatais que foram progressivamente privatizadas.
Primeiro líder russo eleito democraticamente, durante seu mandato, a Rússia sofreu com problemas como o desemprego e a inflação. Ieltsin também levou o país a um conflito contra rebeldes separatistas na Tchetchênia, que culminou a expulsão dos russos.
Ele sofria de problemas cardíacos e renunciou à Presidência em 1999, vários meses antes do fim oficial de seu mandato. Putin, que era seu primeiro-ministro, tornou-se presidente em exercício e foi eleito democraticamente para o cargo em 2000.
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da Folha Online
O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, lamentou a morte presidente russo Boris Ieltsin, 76, que considerou uma "referência-chave" no pós-comunismo. Ieltsin que sofria de problemas cardíacos, morreu nesta segunda-feira.
Primeiro presidente da Rússia pós-soviética, em 1991, e o primeiro eleito democraticamente, Ieltsin "foi uma referência-chave na transição pós-comunista na Rússia", afirma Durão Barroso, em um texto divulgado em Bruxelas em que o ex-premiê luso envia condolências à família do ex-presidente russo e às autoridades e ao povo da Rússia.
"Enquanto presidente, ele enfrentou enormes desafios e mandatos difíceis, mas conseguiu aproximar o Leste e o Ocidente e ajudou a substituir o confronto pela cooperação", disse Barroso.
O presidente do Executivo da União Européia (UE) lembrou ainda que Ieltsin enfrentou uma tentativa de golpe de Estado por parte de forças reacionárias que queriam reimplantar a ditadura. "Com grande coragem pessoal, foi bem sucedido na defesa da liberdade", sublinhou.
Ieltsin sempre foi uma figura política polêmica. Em sua biografia, lançada em 2000, reconheceu que em alguns momentos de seu mandato agiu sob a influência do álcool e recordou uma situação constrangedora em Berlim, em 1994. No livro, ele conta que durante uma cerimônia com o então chanceler (premiê) alemão, Helmut Kohl, diz que "baixou a guarda e, depois de vários copos, sentiu que poderia fazer qualquer coisa, como reger a banda de música. À época, a cena transmitida por TV provocou risos no mundo inteiro.
Após deixar o governo [Ieltsin renunciou à Presidência em 31 de dezembro de 1999, seis meses antes do fim de seu cargo], disse que preferia ficar vendo shows de Celine Dion e George Michael em DVD a voltar a trabalhar como político.
"Quem se aposenta tem de fazer sua escolha: se manter na vida pública, viajar, dar palestras, continuar a trabalhar ou devotar seu tempo a quem gosta", afirmou em 2000 ao jornal russo "Komsomolskaya Pravda". "Eu escolhi a segunda opção, mais coerente com meu momento."
Antecessor do atual presidente russo, Vladimir Putin, a quem ele havia designado como herdeiro político, Ieltsin ganhou popularidade durante seus oito anos de governo devido às suas promessas de combate à corrupção, sem conseguir, no entanto, manter o controle de grande parte de empresas estatais que foram progressivamente privatizadas.
Primeiro líder russo eleito democraticamente, durante seu mandato, a Rússia sofreu com problemas como o desemprego e a inflação. Ieltsin também levou o país a um conflito contra rebeldes separatistas na Tchetchênia, que culminou a expulsão dos russos.
Ele sofria de problemas cardíacos e renunciou à Presidência em 1999, vários meses antes do fim oficial de seu mandato. Putin, que era seu primeiro-ministro, tornou-se presidente em exercício e foi eleito democraticamente para o cargo em 2000.
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