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03/03/2008 - 20h06

Equador rompe relações diplomáticas com a Colômbia

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da Folha Online

O governo do Equador enviou nesta segunda-feira uma carta a Bogotá na qual anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Colômbia, informou a chancelaria colombiana.

A crise entre Equador, Colômbia e Venezuela foi desencadeada pela morte de Raúl Reyes, um dos principais líderes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), no último sábado (1º), em ataque colombiano em território do Equador. A crise gerou o temor de um conflito armado na região --Equador e Venezuela mobilizaram tropas para suas respectivas fronteiras com a Colômbia.

20.ago.2003/João Wainer/Folha Imagem
Raúl Reyes, um dos pricipais líderes das Farc, morto no sábado pela Colômbia
Raúl Reyes, um dos pricipais líderes das Farc, morto no sábado pela Colômbia

"Frente a uma sucessão de feitos e imputações inamistosas, e de acordo com o estabelecido na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961, o governo do Equador decidiu romper relações diplomáticas com o governo da Colômbia, a partir desta data", diz a carta, segundo a agência de notícias France Presse.

No comunicado, o governo de Quito "rechaça energicamente" a acusação apresentada pelo diretor da Polícia Colombiana, general Oscar Naranjo, sobre vínculos do governo Rafael Correa com a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

"O governo equatoriano rechaça energicamente estas afirmações que, com cinismo, se somam à atitude hostil, manifestada na recente violação da soberania e integridade territorial do Equador", afirma o documento.

"As acusações infundadas constituem em uma tentativa deliberada para desviar a atenção do feito da violação da soberania territorial equatoriana tal como foi reconhecido pelo governo colombiano em comunicados e notas diplomáticas", acrescentou.

Ataque

No sábado, tropas colombianas mataram o número dois das Farc, Raúl Reyes, em um acampamento rebelde em território equatoriano, causando reações inflamadas dos governos de Quito e Caracas, que chamaram seus embaixadores para consultas e enviaram tropas para suas respectivas fronteiras com a Colômbia.

Nesta segunda-feira, o governo de Bogotá afirmou que documentos em computadores de Reyes apontavam para vínculos da guerrilha com o governo do Equador e da Venezuela.

O governo colombiano declarou que o governo da Venezuela deu US$ 300 milhões (cerca de R$ 504 milhões) à guerrilha das Farc, e forneceu armas ao grupo.

Segundo Bogotá, acordos entre altos funcionários e as Farc ficaram em evidência nos documentos e fotografias encontradas no acampamento onde Reyes morreu, a cerca de 1,8 km da fronteira com a Colômbia.

O ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou que por enquanto Bogotá não irá enviar tropas à fronteira, e declarou que as informações encontradas nos computadores são preocupantes.

O ministro fez menção aos contatos entre Reyes e o ministro da Segurança equatoriano, Gustavo Larrea, e a supostos vínculos entre o líder morto e o ministro do Interior venezuelano, Ramón Rodríguez Chacín.

Com France Presse e Efe

 

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