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17/10/2003 - 22h44

Sánchez de Lozada renuncia à Presidência da Bolívia

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da Folha Online

Gonzalo Sánchez de Lozada pediu na noite desta sexta-feira sua renúncia à Presidência da Bolívia, em uma carta dirigida ao Congresso. Na carta, Lozada afirma que este é um "momento terrível para a democracia". O Congresso aceitou a renúncia, por 84 votos a favor e 26 contra.

Segundo o empresário Zvonko Matkovic, Lozada teria partido para a cidade de Santa Cruz de la Sierra (900 km a leste de La Paz) após assinar a renúncia.

Outras fontes informaram que a esposa do presidente, Ximena Iturralde, também já teria viajado para essa cidade do leste boliviano.

Sánchez de Lozada pode viajar para a Argentina ou os Estados Unidos, segundo as mesmas fontes.

"Minha renúncia que apresento ao Congresso deveria ser suficiente para solucionar os problemas nacionais, e apesar de desejar fervorosamente, temo que a solução não seja tão simples", diz o texto enviado por Sánchez de Lozada ao Congresso e lido pelo secretário da Casa devido à ausência do presidente.

Reuters - 6.ago.2002
Gonzalo Sánchez de Lozada
Sánchez de Lozada disse que a "Bolívia vive horas cruciais" e que sua democracia "está sob o assédio de grupos corporativos, políticos e sindicais que não acreditam nela".

Após a leitura da carta de renúncia, o presidente do Senado, Hormando Vaca, realizou uma votação nominal e o pedido foi aceito no Congresso por 84 votos a 26. O vice-presidente Carlos Mesa assumirá a Presidência.

A leitura da carta de renúncia foi interrompida várias vezes pelos gritos de "assassino" por parte dos parlamentares da oposição.

Sánchez de Lozada foi obrigado a renunciar após uma onda de protestos que atingiu o país no último mês.

Ontem, milhares de índios e mestiços bolivianos participaram da maior manifestação no país nos últimos 20 anos para exigir a renúncia de Lozada depois dos incidentes que, segundo organizações de defesa dos direitos humanos, causaram a morte de mais de 80 pessoas em um mês.

Um projeto para exportar gás pelo Chile para Estados Unidos e México, em condições consideradas desvantajosas por várias organizações bolivianas, foi o estopim da convulsão social.

Com agências internacionais

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