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18/01/2005 - 14h54

Indonésia desiste de contar vítimas do maremoto

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da Folha Online

O presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, ordenou o fim da contagem de mortos no norte da ilha de Sumatra, devastada pelo maremoto do dia 26 de dezembro. Até o momento, mais de 115 mil pessoas já morreram na Indonésia devido à tragédia que devastou vários países no sul da Ásia e no leste da África.

O presidente pediu que a partir de agora os esforços se concentrem na busca de desaparecidos e na ajuda aos que permanecem hospitalizados, segundo fonte do governo.

Mais de 170 mil pessoas morreram por causa das tsunamis [ondas gigantes] que invadiram cidades depois de um terremoto de 9 graus na escala Richter.

A Indonésia também criará uma equipe especial para fiscalizar a reconstrução da cidade de Aceh --a mais atingida pela catástrofe no país, segundo Yudhoyono.

"Nós criaremos uma equipe especial de fiscalização, que será responsável pelo desenvolvimento de um projeto de reconstrução, que será analisado posteriormente", disse o presidente.

Conferência

Nesta terça-feira, o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, propôs a criação de um centro mundial de perigos associados à água e de um banco de dados sobre as experiências com catástrofes, durante uma conferência mundial da ONU (Organização das Nações Unidas) para estudar formas de minimizar efeitos de catástrofes, como o maremoto que atingiu a Ásia.

O Japão, país regularmente afetado por desastres naturais, "fará todo o possível para promover o maior nível de cooperação internacional", declarou Koizumi.

O primeiro-ministro disse que o Japão quer criar um banco de dados mundial, para o qual todos os países interessados poderão mandar informações sobre a melhor maneira de reagir em caso de uma catástrofe natural. O banco de dados, depois de criado, poderá ser consultado por todos os países interessados.

O Japão também tem a intenção de abrigar um centro internacional sobre os perigos associados à água, que ao mesmo tempo investigue e execute simulações para reduzir riscos.

150 países

Na abertura do evento, diante de 3.000 especialistas e representantes de quase 150 países, o subsecretário-geral da ONU para assuntos humanitários, o norueguês Jan Egeland, propôs que "pelo menos 10% das enormes somas arrecadadas no mundo para operações ajuda de emergência sejam destinados à prevenção de desastres".

Em mensagem exibida em uma tela, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse desejar que a Conferência de Kobe, como está sendo chamada, sirva para "ajudar comunidades, nações e cidadãos vítimas de catástrofes naturais e para mobilizar recursos e proteger as populações".

Os delegados fizeram um minuto de silêncio em memória das vítimas do maremoto que atingiu a Ásia em 26 de dezembro, deixando mais de 170 mil mortos.

A Conferência de Kobe, prevista há mais de um ano, ganhou uma nova dimensão depois da tragédia da Ásia.

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