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07/04/2005 - 10h11

Papa pensou em renunciar ao cargo em 2000, diz documento

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da Folha Online

O papa João Paulo 2º cogitou a possibilidade de renunciar em 2000 devido a seu debilitado estado de saúde, segundo documento deixado por ele e divulgado nesta quinta-feira pelo Vaticano. "Eu espero que Deus me ajude a saber por quanto tempo eu devo continuar este trabalho", escreveu o papa.

O "testamento espiritual" do sumo pontífice indica ainda que o papa demonstrou o desejo de ser enterrado na Polônia, mas deixou a cargo do colégio dos cardeais a decisão final. João Paulo 2º também pediu, a exemplo do papa Paulo 6º (1963-1978), que todas as suas anotações pessoais sejam queimadas.

O texto de 15 páginas, que começou a ser escrito por João Paulo 2º em 1979, foi lido pelos cardeais em polonês e italiano [versão traduzida].

AP
Vaticano apresenta original do documento escrito pelo papa João Paulo 2º
João Paulo 2º não deixou nenhum bem material. No documento, menciona nominalmente apenas duas pessoas que ainda estão vivas: seu secretário pessoal, Stanislaw Dziwisz, e o ex-rabino chefe de Roma Elio Toaff, que o recebeu na sinagoga em 1986.

Quando escreveu sobre a tentativa de assassinato em 1981, considerou que sua sobrevivência foi "um milagre". Ele também sempre pedia a Deus que lhe desse a "força necessária" para continuar sua missão até quando pudesse.

Leia a seguir trechos do documento de 15 páginas deixado pelo sumo pontífice:

- "Vigiai, pois não sabeis o dia em que o Senhor retornará". (Frase de abertura do documento, tiradas do Evangelho Segundo São Mateus)

-"A queda do comunismo aconteceu por causa de seus próprios problemas".

- "Graças à Providência Divina, a Guerra Fria terminou sem um violento conflito nuclear."

- "O Senhor prolongou a minha vida e, em um certo sentido, deu-me uma nova." (Escreveu em 1981, referindo-se à forma milagrosa que Deus o salvou da morte", quando o turco Mehmet Ali Agca atirou contra ele na praça São Pedro)

Em 1982, o papa considerou a possibilidade de ter seu funeral realizado na Polônia. Mas em 1985, designou ao colégio de cardeais a decisão final sobre seu enterro.

Na última parte do documento, ele faz agradecimentos à Igreja Católica, a outras religiões --em particular aos judeus--, artistas, cientistas e políticos que o ajudaram durante seu pontificado.

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