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14/10/2005
-
11h09
da Folha Online
Forças de segurança russas derrubaram nesta sexta-feira a parede de uma loja na cidade de Naltchik, capital da república russa de Kabardino-Balkária e salvar dois reféns que estavam em poder de três suspeitos militantes islâmicos pró-Tchetchênia, que foram mortos. Com isso, a polícia e o Exército controlaram o último foco de resistência do ataque deflagrado ontem na cidade.
Mais cedo, nove reféns foram libertados do controle de um outro grupo de agressores que estava entrincheirado na administração da prisão local. Segundo a agência de notícias russa Interfax, 12 supostos rebeldes foram mortos. Três policiais, que eram mantidos como reféns, também morreram. Não está claro se foram os agressores os autores dos assassinatos, ou se os agentes foram vítimas da operação de resgate.
Um dos responsáveis pela administração de Kabardino-Balkária, Gennady Gubin, anunciou que toda a resistência rebelde na cidade localizada ao sudeste da Rússia foi suprimida. Agora, polícia e Exército "caçam" os agressores escondidos na cidade.
A ação rebelde foi iniciada nesta quinta-feira, quando um grupo de cerca de cem homens armados invadiu vários prédios do governo e delegacias de polícia na cidade. Policiais e supostos rebeldes entraram em confronto direto, que terminou com mais de cem mortos, entre agressores, civis e policiais, segundo a Interfax.
O conflito desta quinta-feira teria começado, de acordo com vice-ministro russo do Interior, Alexander Chekalin, depois que a polícia realizou uma operação no subúrbio de Naltchik, que terminou com a captura de dez supostos rebeldes, que foram executados pelos agentes de segurança.
De acordo com a agência de notícias russa Itar-Tass, o presidente de Kabardino-Balkária, Arsen Kanokov, --designado para ocupar o cargo por Putin-- disse que 150 homens armados atacaram Naltchik logo pela manhã desta quinta-feira, quando um grupo de supostos rebeldes tchetchenos invadiu vários prédios do governo em Naltchik, incluindo o Ministério do Interior.
Violência
A região do Cáucaso onde está a república de Kabardino-Balkária tem sofrido com o aumento da violência, aparentemente ligado com o aumento da atividade de grupos extremistas islâmicos e separatistas tchetchenos que lutam contra as forças russas. A ação rebelde devastou a Tchetchênia e desestabilizou a região no início da década de 90.
Kabardino-Balkária é uma das muitas áreas ocupadas por uma população predominantemente muçulmana no Cáucaso, e faz fronteira com a Ossétia do Norte --onde, em 1º de setembro de 2004, rebeldes tchetchenos invadiram uma escola e provocaram a morte de 330 pessoas --a maioria delas crianças.
Originalmente um movimento separatista, a ação tchetchena tem ganho reforços dos grupos extremistas islâmicos.
Nesta quinta-feira, o site Kavkaz Center, geralmente usado para a divulgação de comunicados de rebeldes tchetchenos e considerado a "voz" do líder rebelde tchetcheno Shamil Basayev, publicou um texto dizendo que "uma unidade das Forças Armadas da República da Tchetchênia-- foram à cidade [Naltchik], junto às brigadas de ataque do grupo [extremista islâmico] Yamurk de Kabardino-Balkária".
O general Yuri Baluyevsky informou à Interfax nesta quinta-feira que "não há evidências" sobre o envolvimento Basayev no confronto.
Com agências internacionais
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Forças de segurança russas derrubaram nesta sexta-feira a parede de uma loja na cidade de Naltchik, capital da república russa de Kabardino-Balkária e salvar dois reféns que estavam em poder de três suspeitos militantes islâmicos pró-Tchetchênia, que foram mortos. Com isso, a polícia e o Exército controlaram o último foco de resistência do ataque deflagrado ontem na cidade.
![](http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/images/mapa-russia_republicas_270.gif)
Um dos responsáveis pela administração de Kabardino-Balkária, Gennady Gubin, anunciou que toda a resistência rebelde na cidade localizada ao sudeste da Rússia foi suprimida. Agora, polícia e Exército "caçam" os agressores escondidos na cidade.
A ação rebelde foi iniciada nesta quinta-feira, quando um grupo de cerca de cem homens armados invadiu vários prédios do governo e delegacias de polícia na cidade. Policiais e supostos rebeldes entraram em confronto direto, que terminou com mais de cem mortos, entre agressores, civis e policiais, segundo a Interfax.
O conflito desta quinta-feira teria começado, de acordo com vice-ministro russo do Interior, Alexander Chekalin, depois que a polícia realizou uma operação no subúrbio de Naltchik, que terminou com a captura de dez supostos rebeldes, que foram executados pelos agentes de segurança.
De acordo com a agência de notícias russa Itar-Tass, o presidente de Kabardino-Balkária, Arsen Kanokov, --designado para ocupar o cargo por Putin-- disse que 150 homens armados atacaram Naltchik logo pela manhã desta quinta-feira, quando um grupo de supostos rebeldes tchetchenos invadiu vários prédios do governo em Naltchik, incluindo o Ministério do Interior.
Violência
A região do Cáucaso onde está a república de Kabardino-Balkária tem sofrido com o aumento da violência, aparentemente ligado com o aumento da atividade de grupos extremistas islâmicos e separatistas tchetchenos que lutam contra as forças russas. A ação rebelde devastou a Tchetchênia e desestabilizou a região no início da década de 90.
Kabardino-Balkária é uma das muitas áreas ocupadas por uma população predominantemente muçulmana no Cáucaso, e faz fronteira com a Ossétia do Norte --onde, em 1º de setembro de 2004, rebeldes tchetchenos invadiram uma escola e provocaram a morte de 330 pessoas --a maioria delas crianças.
Originalmente um movimento separatista, a ação tchetchena tem ganho reforços dos grupos extremistas islâmicos.
Nesta quinta-feira, o site Kavkaz Center, geralmente usado para a divulgação de comunicados de rebeldes tchetchenos e considerado a "voz" do líder rebelde tchetcheno Shamil Basayev, publicou um texto dizendo que "uma unidade das Forças Armadas da República da Tchetchênia-- foram à cidade [Naltchik], junto às brigadas de ataque do grupo [extremista islâmico] Yamurk de Kabardino-Balkária".
O general Yuri Baluyevsky informou à Interfax nesta quinta-feira que "não há evidências" sobre o envolvimento Basayev no confronto.
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