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26/07/2006
-
11h29
da Efe, em Londres
A Anistia Internacional (AI) pediu aos ministros das Relações Exteriores reunidos nesta quarta-feira em Roma que mostrem "mais determinação" em pressionar Israel e o grupo terrorista libanês Hizbollah para que terminem os ataques contra a população civil e respeitem o direito humanitário internacional.
Em carta aberta dirigida aos ministros, a secretária-geral da AI, Irene Khan, destaca que os civis de ambos os lados são os que "sofrem a pior parte do conflito".
"Em Israel, ao menos 17 civis morreram e centenas ficaram feridos pelos foguetes lançados contra áreas civis de Israel pelo Hizbollah. E os bombardeios israelenses contra o Líbano mataram mais de 300 civis, sendo mais de um terço crianças, além de ferir milhares", denuncia.
Além disso, mais de um milhão de libaneses se tornaram deslocados devido ao conflito, acrescenta a responsável da AI. "A situação humanitária dos civis que permanecem no sul (do Líbano) piora a cada dia, incluindo os moradores da cidade litorânea de Tiro, que tem que enfrentar uma grande chegada de deslocados do sul do país", continua Khan.
Os ataques de Israel contra as usinas elétricas e a outras infra-estruturas "deixaram hospitais, clínicas e outros centros médicos sem os recursos e as provisões necessários em um momento onde há o aumento generalizado de urgências", diz a carta.
"Civis estrangeiros afetados pelo conflito foram retirados graças à intervenção de seus governos", afirma Khan, que critica que o caráter "rápido e efetivo" dessas repatriações "contrasta bruscamente com a lentidão" da resolução desta crise pela comunidade internacional.
Violações
Na carta, Khan destaca que as provas --tipo de ataques, número de vítimas e declarações feitas por ambas as partes-- indicam que "graves violações do direito da guerra" foram e continuam sendo cometidas por Israel e pelo Hizbollah.
Khan pede aos ministros que "deixem claro a todas as partes do conflito" que os ataques contra cidadãos ou alvos civis, assim como os ataques indiscriminados e desproporcionais "são crimes de guerra".Com isso, eles são "obrigados" a abrir investigações penais sobre os envolvidos em graves violações do direito humanitário internacional durante o conflito.
Além disso, a secretária-geral da organização pede aos ministros de Relações Exteriores que pressionem Israel e ao Hizbollah para que estabeleçam e garantam corredores humanitários, e pede a suspensão de todas as vendas de armas aos envolvidos no conflito.
Da reunião de ministros de Relações Exteriores em Roma, participam representantes da União Européia, Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha, Rússia, Espanha, Arábia Saudita, Egito, Canadá, Finlândia (presidente rotativo da UE), ONU e Banco Mundial.
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A Anistia Internacional (AI) pediu aos ministros das Relações Exteriores reunidos nesta quarta-feira em Roma que mostrem "mais determinação" em pressionar Israel e o grupo terrorista libanês Hizbollah para que terminem os ataques contra a população civil e respeitem o direito humanitário internacional.
Em carta aberta dirigida aos ministros, a secretária-geral da AI, Irene Khan, destaca que os civis de ambos os lados são os que "sofrem a pior parte do conflito".
"Em Israel, ao menos 17 civis morreram e centenas ficaram feridos pelos foguetes lançados contra áreas civis de Israel pelo Hizbollah. E os bombardeios israelenses contra o Líbano mataram mais de 300 civis, sendo mais de um terço crianças, além de ferir milhares", denuncia.
Além disso, mais de um milhão de libaneses se tornaram deslocados devido ao conflito, acrescenta a responsável da AI. "A situação humanitária dos civis que permanecem no sul (do Líbano) piora a cada dia, incluindo os moradores da cidade litorânea de Tiro, que tem que enfrentar uma grande chegada de deslocados do sul do país", continua Khan.
Os ataques de Israel contra as usinas elétricas e a outras infra-estruturas "deixaram hospitais, clínicas e outros centros médicos sem os recursos e as provisões necessários em um momento onde há o aumento generalizado de urgências", diz a carta.
"Civis estrangeiros afetados pelo conflito foram retirados graças à intervenção de seus governos", afirma Khan, que critica que o caráter "rápido e efetivo" dessas repatriações "contrasta bruscamente com a lentidão" da resolução desta crise pela comunidade internacional.
Violações
Na carta, Khan destaca que as provas --tipo de ataques, número de vítimas e declarações feitas por ambas as partes-- indicam que "graves violações do direito da guerra" foram e continuam sendo cometidas por Israel e pelo Hizbollah.
Khan pede aos ministros que "deixem claro a todas as partes do conflito" que os ataques contra cidadãos ou alvos civis, assim como os ataques indiscriminados e desproporcionais "são crimes de guerra".Com isso, eles são "obrigados" a abrir investigações penais sobre os envolvidos em graves violações do direito humanitário internacional durante o conflito.
Além disso, a secretária-geral da organização pede aos ministros de Relações Exteriores que pressionem Israel e ao Hizbollah para que estabeleçam e garantam corredores humanitários, e pede a suspensão de todas as vendas de armas aos envolvidos no conflito.
Da reunião de ministros de Relações Exteriores em Roma, participam representantes da União Européia, Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha, Rússia, Espanha, Arábia Saudita, Egito, Canadá, Finlândia (presidente rotativo da UE), ONU e Banco Mundial.
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