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Rota Austral chega a Puerto Cisnes
da Folha Online
Leia abaixo o boletim dos dias 13 e 14 (segunda e terça-feira) da Rota Austral, enviado pelos velejadores Beto Pandiani e Gui Von Schmidt.
"Cansados e já refeitos da frustração de não conseguirmos alcançar nossos companheiros de terra, armamos as barracas sobre os barcos e nos entregamos ao sono, deixando lá fora o frio.
"Durante a noite, pudemos sentir a temperatura baixar bruscamente (a 2ºC negativos). Nossa respiração foi deixando o ar interno cada vez mais condensado.
"Por volta das 2h, podíamos ouvir o som das pequenas ondas, que estavam quebrando a 2 metros dos barcos. Apesar de saber que a maré não chegaria até nós, não podíamos deixar de ficar de ouvidos ligados.
"Ao amanhecer, acordamos com o som de pequenos flocos de gelo caindo da vela enrolada sobre a barraca. (...)
"Estávamos em zona de alta pressão típica e, por consequência, sem vento. Por sorte, estávamos próximos de Puerto Cisnes e decidimos que chegaríamos lá de qualquer maneira, mesmo que fosse a remo. (...)
"Algumas horas mais tarde, chegávamos à baía de Puerto Cisnes. Por trás das árvores de uma ponta revelava-se aos poucos uma enorme montanha com o pico nevado e, ao pé, a pequena cidade na beira do mar. (...)
"Nossa estada em Puerto Cisnes foi marcada por mais uma jornada de muito trabalho, vários reparos nos barcos, preparação dos mantimentos para a próxima etapa (que será mais longa) e planejamento do roteiro a ser percorrido.
"De agora em diante, nosso contato com o carro de apoio será cada vez menos frequente. A Carretera Austral se afasta da costa por um bom período.
"Com isso, nos preparamos para ficar de dez a 17 dias sem encontrar nossos companheiros da picape. A logística tem que ser bem calculada para não levar peso a mais e para não faltar mantimentos.
"Cada item a mais no barco passa a ser um estorvo quando velejamos, quando empurramos as embarcações em praias inclinadas no final do dia ou quando temos que descarregar em alguma cidade por medida de segurança. (...)
"Nosso próximo ponto de encontro será Yungay, 600 km adiante por terra e 250 milhas (463 km) por mar. Comparado com as navegações que estamos acostumados a fazer em costas abertas, não parece muito, mas neste labirinto de canais isso representa bastante.
"Aqui o ritmo é outro. No caminho, os barcos passarão pela famosa Laguna San Rafael."
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