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04/11/2004
-
10h43
da Reuters
Por muito tempo, sul-africanos contavam uma história segundo a qual a região havia sido habitada por um reino sofisticado. Mas como outros capítulos da história da população negra no país, essa também nunca foi ensinada nas escolas durante o apartheid, para não contradizer a visão da supremacia branca.
Uma década depois do fim do apartheid na África do Sul, está sendo dado o crédito ao reino de Mapungubwe, uma civilização que alcançou seu auge entre os anos 1220 e 1290 -como o centro de um parque destinado a destacar uma civilização que provou que o mito de os africanos serem inferiores em relação aos colonizadores europeus estava errado.
Responsáveis esperam que o parque seja integrado ao famoso Kruger National Park.
O parque deverá se tornar parte de uma área de conservação "transfronteiriça", dividida entre Zimbábue, África do Sul e Botsuana, beneficiando todos os países onde o reino Mapungubwe exerceu seu poder.
"Até agora esse lugar era desconhecido", disse Sigwavhu Limu, um membro do movimento cultural Vhagona, que promove as culturas vhagona e venda, consideradas as descendentes do reino.
O reinado cobria 30 mil km2 no que é hoje África do Sul, Zimbábue e Botsuana, com uma capital com 5.000 habitantes, reconhecida como um centro econômico, político e cultural da região antes de a sociedade se desintegrar, provavelmente devido a alguma dramática mudança climática.
Acredita-se que o reinado, cujo nome significa "o lugar do chacal" no idioma venda, foi o primeiro na região com uma estrutura social complexa construída ao redor de um rei, que tinha status de semideus.
Na região sul da África, o reino de Mapungubwe só era rivalizado pelo vizinho Grande Zimbábue, uma cidade de pedra do século 14 erguida no começo da decadência do reino sul-africano.
"Ao contrário da crença de que a África era primitiva e isolada, Mapungubwe nos mostra que o continente já foi parte da comunidade global", disse Nikki Haw, assistente de assuntos culturais da Universidade de Pretória, que liderou as escavações desde 1930.
Autoridades esperam que o renascimento da lenda do reino de Mapungubwe aumente o número de empregos e espalhe crescimento econômico pela região de Limpopo, uma das Províncias mais pobres e negligenciadas de toda a África do Sul.
Parque sul-africano revela antigo reinado
GERSHWIN WANNEBURGda Reuters
Por muito tempo, sul-africanos contavam uma história segundo a qual a região havia sido habitada por um reino sofisticado. Mas como outros capítulos da história da população negra no país, essa também nunca foi ensinada nas escolas durante o apartheid, para não contradizer a visão da supremacia branca.
Uma década depois do fim do apartheid na África do Sul, está sendo dado o crédito ao reino de Mapungubwe, uma civilização que alcançou seu auge entre os anos 1220 e 1290 -como o centro de um parque destinado a destacar uma civilização que provou que o mito de os africanos serem inferiores em relação aos colonizadores europeus estava errado.
Responsáveis esperam que o parque seja integrado ao famoso Kruger National Park.
O parque deverá se tornar parte de uma área de conservação "transfronteiriça", dividida entre Zimbábue, África do Sul e Botsuana, beneficiando todos os países onde o reino Mapungubwe exerceu seu poder.
"Até agora esse lugar era desconhecido", disse Sigwavhu Limu, um membro do movimento cultural Vhagona, que promove as culturas vhagona e venda, consideradas as descendentes do reino.
O reinado cobria 30 mil km2 no que é hoje África do Sul, Zimbábue e Botsuana, com uma capital com 5.000 habitantes, reconhecida como um centro econômico, político e cultural da região antes de a sociedade se desintegrar, provavelmente devido a alguma dramática mudança climática.
Acredita-se que o reinado, cujo nome significa "o lugar do chacal" no idioma venda, foi o primeiro na região com uma estrutura social complexa construída ao redor de um rei, que tinha status de semideus.
Na região sul da África, o reino de Mapungubwe só era rivalizado pelo vizinho Grande Zimbábue, uma cidade de pedra do século 14 erguida no começo da decadência do reino sul-africano.
"Ao contrário da crença de que a África era primitiva e isolada, Mapungubwe nos mostra que o continente já foi parte da comunidade global", disse Nikki Haw, assistente de assuntos culturais da Universidade de Pretória, que liderou as escavações desde 1930.
Autoridades esperam que o renascimento da lenda do reino de Mapungubwe aumente o número de empregos e espalhe crescimento econômico pela região de Limpopo, uma das Províncias mais pobres e negligenciadas de toda a África do Sul.
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