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03/03/2005 - 09h41

Rabugentos, tchecos não ajudam turista

ANTONIO ARRUDA
Colaboração para a Folha, em Praga

Se alguns poucos jovens tchecos demonstram certa simpatia com os turistas, esse comportamento não é nada comum em Praga, principalmente por parte dos mais velhos. A "jóia de pedra", como disse Goethe, é uma cidade de habitantes rabugentos e pouco prestativos (e essa não é somente a constatação de um brasileiro, acostumado a sorrisos e docilidades: argentinos, australianos, ingleses, alemães -pessoas de diversas nacionalidades não ficam nada contentes com o modo frio e mal-educado do tchecos).

Mas Praga é tão encantadora que as respostas ríspidas são, de certo modo, suavizadas. E é até compreensível que um povo "fechado ao mundo" por causa de tantas guerras e de um período de comunismo sinta-se invadido pelos 7 milhões de turistas que visitam anualmente a cidade. É como se os tchecos estivessem aprendendo a conviver com o turismo e, conseqüentemente, com o capitalismo.

E terão que aprender rápido. O turismo cresceu 15% em 2004. Para 2005, é esperado um aumento de 10% no número de visitantes. Em 2004, o turismo injetou US$ 4,8 bilhões no país.

Por falar em dinheiro, confira bem o troco, sobretudo nas barracas de comida na rua: não aconteceu uma, nem duas, mas algumas vezes, de o valor devolvido ser menor. Os taxistas não hesitam em cobrar a mais de turistas. Recentemente, esses profissionais cobraram mais até do prefeito de Praga, Pavel Bem. Numa corrida da praça Starometské ao castelo de Praga, a viagem custou 500% a mais do que a tarifa oficial.
Ainda sobre dinheiro, tudo é barato --com exceção dos cristais da Boêmia
(R$ 1 compra Kc 8,50 -coroas tchecas).

Outra coisa: os tchecos, quando há os que falam bem o inglês --e estes são poucos--, parecem não gostar de dar informações. Quando dão, não fazem questão de dar muitas explicações. São breves e secos. E, por mais que as ruas sejam bem sinalizadas, todas as placas são escritas somente em tcheco. Ou seja: se já é difícil memorizar o nome de uma rua, até o turista identificar o nome na placa provavelmente já esqueceu qual rua procurava e terá de olhar novamente no mapa.

Mas o sistema de transporte é extremamente organizado. O metrô só funciona até a meia-noite, mas algumas linhas de ônibus permanecem em atividade 24 horas por dia. Só é bom tomar cuidado na hora de comprar os bilhetes do metrô. Alguns dão direito a apenas uma mudança de linha, e, se o turista for parado por um policial (e eles andam aos montes pelas estações) e não estiver com o bilhete correto, está sujeito a pagar uma multa em euros pela infração. Por isso, leia atentamente as regras, afixadas nas estações, antes de comprar o bilhete.

Em todas as regiões da cidade há ótimas opções de restaurantes, bares e cafés. As bagueterias são ideais para uma pausa no final da tarde: os lanches e, principalmente, os doces feitos com amoras, cerejas e framboesas são deliciosos. Nos bares, canecões de meio litro convidam o turista a degustar as cervejas (sem gelo) da Boêmia. E os restaurantes de comidas típicas abusam das pimentas -não diga sim se o garçom perguntar se você quer pimenta extra: são mais fortes que as dos acarajés ditos "quentes" da Bahia.

No verão e na primavera há muitos lugares para se divertir até de manhã. Apesar da escuridão, é seguro caminhar à noite.

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