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02/12/2005
-
19h54
da Folha Online
É fim de tarde. A luz do dia vai deixando o céu do Pantanal com roxos, vermelhos e lilases. Na varanda do quarto, as andorinhas arremetem como se estivessem sob a direção de Alfred Hitchcock. Põem um gavião-belo para correr, pousam e decolam sem parar.
Nas águas da pequena baía, dezenas pares de olhos permanecem imóveis. Até Pelé mostrar quem é o dono do lugar. Três "latidos" surdos e prolongados de cão rouco fazem os outros jacarés se afastarem da pousada Baiazinha, uma das quatro do refúgio Caiman. Jacaré parrudo não muito chegado aos seus pares, Pelé pode enfim voltar à quase inércia do seu baixo metabolismo.
No Pantanal (MS), os sons se confundem, nos confundem, fazem muitas vezes os olhos discordarem do ouvido. Um mugido, nada excepcional nessa região dominada pelo gado, assusta quando vem do céu. É o socó-boi.
À noite, procurar as matracas que insistem infinitamente em seus estalos é perda de tempo. Não adianta olhar para o céu. A culpada está mais embaixo. Às centenas, as pererecas se empolgam e vão cantando madrugada adentro, sem que se tenha a menor idéia de onde tiraram seu fôlego, interminável. Uma parente próxima, apelidada de "perereca fórmula um", torna o cenário ainda mais absurdo. Quem já viu Senna correr terá boas lembranças sonoras.
Já pela manhã, ouve-se novamente ela, a perereca. Os estalos são mais graves, meio surdos. Talvez esteja cansada, a pobre, depois de cantar a noite inteira. Voando de uma árvore a outra, chega o tucano e se manifesta. Está desfeito mais um engano.
A repórter viajou a convite do Refúgio Ecológico Caiman
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No Pantanal, um latido rouco reverbera nas águas
MARY PERSIAda Folha Online
É fim de tarde. A luz do dia vai deixando o céu do Pantanal com roxos, vermelhos e lilases. Na varanda do quarto, as andorinhas arremetem como se estivessem sob a direção de Alfred Hitchcock. Põem um gavião-belo para correr, pousam e decolam sem parar.
Divulgação |
Jacarés ficam quase inertes |
No Pantanal (MS), os sons se confundem, nos confundem, fazem muitas vezes os olhos discordarem do ouvido. Um mugido, nada excepcional nessa região dominada pelo gado, assusta quando vem do céu. É o socó-boi.
Divulgação |
Céu assume várias cores durante o fim da tarde |
Já pela manhã, ouve-se novamente ela, a perereca. Os estalos são mais graves, meio surdos. Talvez esteja cansada, a pobre, depois de cantar a noite inteira. Voando de uma árvore a outra, chega o tucano e se manifesta. Está desfeito mais um engano.
A repórter viajou a convite do Refúgio Ecológico Caiman
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