Se você já usou uma ferramenta de inteligência artificial na lição de casa, você não está sozinho. Francisco P., 16 anos, por exemplo, ficou com preguiça de pesquisar e de formular um texto em um trabalho de história. "Usei o ChatGPT porque eu tinha pouco tempo, então ele me ajudou no curto prazo", lembra.
"Mas nunca mais recorri à IA porque percebi que, além de mal escrito o ChatGPT ainda tinha erros conceituais básicos, ao nível de eu, mesmo sem ter estudado a fundo o conteúdo em questão, poder perceber."
Uma pesquisa do Google divulgada nesta quinta (20) mostrou que 70% dos estudantes brasileiros já ouviram falar de inteligência artificial, e, assim como Francisco, três em cada dez já utilizaram ferramentas com a tecnologia.
O estudo, feito em parceria com a Educa Insights, ainda mostrou que 86% dos jovens acreditam que a IA será eficaz ou muito eficaz na resolução das dúvidas e problemas, enquanto 10% afirmam ainda não saber, e 4% acreditam que será pouco eficaz na resolução de dúvidas e problemas.
Thais Melendez, líder de insights para o segmento de Educação do Google no Brasil, acha que a IA vai ser a nova solução para a aprendizagem. "Se analisarmos, nós já buscamos as informações que precisamos no YouTube, por exemplo. A diferença é que agora podemos dar o contexto e ter nosso tempo e esforços cada vez mais otimizados", diz.
"Uso Inteligência Artificial para edição de foto, vídeo e som. Como por exemplo remover pessoas de fotos, ruídos de áudio ou legendas automáticas. Uso placas de vídeo da Nvidea, o CapCut, BandLab, Lightroom, que não são aplicativos destinados à inteligência artificial, mas procuram essas tecnologias e vêm atualizando esses recursos", completa Francisco.
Na pesquisa do Google, também ficou claro que os estudantes querem que suas escolas invistam em recursos digitais: 73% acham importante que as instituições de ensino gastem tempo e dinheiro com novas tecnologias, incluindo a inteligência artificial.
A pesquisa entrevistou cerca de mil estudantes de todo o Brasil durante o mês de maio deste ano por meio de questionários online.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.